quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

sábado, 10 de dezembro de 2016

Golpe do regime na Caixa Geral de Depósitos

"Estivemos todos a ver o filme ao contrário. A principal razão para a guerra dos últimos meses na Caixa Geral de Depósitos não se deve à recusa dos administradores em entregar as declarações de património. Deve-se à iminência de aplicação de uma nova política de gestão de risco de crédito. Demorei várias semanas a perceber isto, mas agora julgo que tudo ficou muito mais claro. Houve um golpe do regime caduco em que vivemos, que levou à saída de António Domingues e da maior parte dos membros da sua equipa profissional. Já nem Marcelo, nem Costa, nem Catarina, nem Jerónimo, nem Passos, nem Cristas, o queriam no lugar onde estava. Uns por umas razões, outros pelas razões contrárias, estavam unidos no mesmo objectivo – correr com ele."


domingo, 4 de dezembro de 2016

CGD não precisa de ser recapitalizada...

"A Caixa Geral de Depósitos não precisa de ser recapitalizada. Basta consultar documentos oficiais para concluir que a propalada recapitalização é um embuste. 
A Caixa necessitaria de injeção de capital se os seus rácios de solvência estivessem abaixo das exigências regulamentares. Mas tal não acontece, os rácios da CGD estão bem e recomendam-se. Os valores de referência são designados de "Common Equity Tier 1, Phased-in e Fully Implemented". "Alcançaram em setembro valores de 10,2% e 9,3% respetivamente", tendo mesmo subido face aos números de junho que já "cumpriam as exigências regulamentares". São pois os documentos disponibilizados pela CGD, em Novembro de 2016, que contrariam a necessidade de capital.
A premência da recapitalização é pois uma mentira difundida por políticos, do governo à oposição, passando pelo Presidente. Julgam que "uma mentira repetida mil vezes se torna verdade", quais seguidores de Goebbels, mentor de comunicação de Hitler. 
A recapitalização da CGD irá consumir cinco mil milhões. Representa toda a coleta de impostos de rendimento sobre empresas em 2017; quinhentos euros por cada português. Sem motivo visível, a sua justificação assenta em razões ocultas. 
Quais?"


Apelo a todos os jornalistas de Economia, comentadores televisivos, economistas e políticos que comentam o dossier "Caixa Geral de Depósitos": leiam, por favor, os últimos documentos oficiais da CGD (de 18 de Novembro) Dr. Paulo Morais 

Um relógio parado está certo duas vezes por dia...

"Na “Internacional”, é a luta que é final. Mas entre os slogans e as senhas das revoluções, a “vitória final” ou a “vitória, sempre” fazem parte do arsenal semântico. Em Portugal, este fim-de-semana, assistimos a uma liturgia vitoriosa inédita. É a primeira vez, em quase quarenta anos, que o PCP comemora a vitória. Com cuidado. Com precauções. Com ameaças. Mas vitória!
Um relógio parado está certo duas vezes por dia. A primeira vez foi há 42 anos: aconteceu uma revolução militar que se transformaria gradualmente em revolução política e social! Prevista há muito, esperada durante décadas e desejada tempos sem fim, fez-se e foi o que se sabe. O PCP garantiu que a tinha previsto. Cavalgou-a. Dirigiu-a durante uns meses. Perdeu-a em 1975, a 25 de Novembro. Por isso, as esquerdas detestam o 25 de Novembro. Por isso, o PS, que aplaudiu, tem hoje vergonha do 25 de Novembro. Por isso, o Parlamento recusou o ano passado associar-se à comemoração dos 40 anos e, este ano, não aceitou evocar a data. Felizmente que agora o dia se transformou no Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que tem o condão de mobilizar as opiniões e os jornais. Foi também o dia em que morreu Fidel Castro, o mais duradouro ditador do século XX, o mais longo mito e o mais perene herói das esquerdas, incluindo de muitos socialistas que esquecem o ontem e sonham com amanhãs. Parte do mundo deixou-se deslizar numa obscena lamúria em que se festejava em Fidel Castro o que não se tolera em ditadores como Salazar, Mussolini, Franco e Pinochet. Mas Fidel é de esquerda. Como os ditadores Estaline, Pol Pot, Mao e Ceausescu. Deve ser por isso que tem todas desculpas.
O PCP espera agora que o seu relógio acerte pela segunda vez. Há quarenta anos que é contra a CEE, contra a União e contra o Euro. Nunca deu resultado, nem teve êxito. Desta vez, espera que sim. Os dissabores da União, as ameaças de desmembramento e a ascensão da extrema-direita fazem-no ter esperança.
No dia 2 de Dezembro, o PCP iniciava o seu 20º Congresso, em cuja abertura o secretário-geral desferiu um dos mais brutais ataques à União Europeia e ao Euro, à economia de mercado e à iniciativa privada, em louvor da “pátria”, da saúde e da economia pública. Apesar disso, tudo leva a crer que o PCP vá apoiar o governo do PS por mais algum tempo. Mesmo que tenha de disfarçar, como fará com a nomeação de Paulo Macedo, até ontem o coveiro do SNS.
Na véspera, comemorara-se o 1º de Dezembro, que é agora, também, o Dia internacional de Luta contra a Sida, tema mais actual e mais mobilizador do que a independência nacional. Esta deu origem a uma festa “oficiosa”, vá lá saber-se o que é isso, ainda por cima com a presença das mais altas entidades nacionais. Mas é curioso ver, nestes tempos de viragens e reversões, como a festa da Independência Nacional foi cancelada pela direita, há cinco anos, e restaurada pela esquerda, agora. No dia anterior, a 30 de Novembro, os Reis de Espanha terminavam a sua visita de Estado a Portugal, durante a qual elogiaram o bom entendimento ibérico.
Por toda a esquerda, democrática ou não, corre uma palavra ou um conceito a definir uma política: Patriótico! É o que se houve aos governantes, aos congressistas do PCP e aos porta-vozes do Bloco. Mas é também o que corre no topo das instituições, Presidente e Primeiro-ministro. A palavra pode ser banal. A sua utilização oportunista. A sua evocação automática. Mas é a palavra dos perigos imprevistos. E dos fantasmas ameaçadores. Patriótico é também contra a globalização, contra o liberalismo político e económico, contra o mercado livre e contra a liberdade científica. Pátria! Pátria! Quantos crimes se cometeram por tua causa!"


DN, 4 de Dezembro de 2016 . Dr. António Barreto

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Quem anda a favorecer os inimigos da democracia?

O meu correligionário e conterrâneo explica, e muito bem, o que se anda a passar, as claques politicas apenas enxergam a cor da camisola, cospem-se uns aos outros... e fazem lembrar os que se dizem cristãos, porque trazem um terço espetado no retrovisor do carro...

"Lições da América
Há uma espécie de concurso entre as elites europeias e americanas de esquerda: quem insulta mais Donald Trump? Quem consegue escolher os epítetos mais violentos? Racista, boçal, cretino, sexista, corrupto, inculto e xenófobo estão entre os mais utilizados. Isto para além das classificações brandas de fascista e populista.

No entanto, o problema não é o de qualificar Trump, nem de sublinhar a sua incultura e a sua falta de sofisticação. O problema consiste em saber por que razão foi eleito. Contra a opinião sondada e publicada, este senhor foi escolhido por 60 milhões de americanos que, creio, não são todos racistas, machistas, bandidos, milionários, fascistas e corruptos. E se fossem, a questão era ainda mais difícil: como é possível que houvesse tantos assim?

O problema não é o de classificar os defeitos de Trump e seus apoiantes, nem de mostrar como são violentos, intolerantes, xenófobos e déspotas. O problema é o de saber por que razões perderam os virtuosos, os democratas, os liberais, os intelectuais, os jornalistas e os artistas. O problema é o de saber por que razão os pobres, os desempregados e os marginalizados não votaram em quem deveriam votar, isto é, em quem pensa que a solidariedade, a segurança social, o emprego e a igualdade são exclusivos dos democratas e das esquerdas.

As esquerdas em geral, incluindo artistas, intelectuais, jornalistas, liberais americanos e progressistas europeus, não suportam não ter percebido nem ter previsto o que aconteceu. Como não admitem que são, tantas vezes, responsáveis pelas derivas políticas dos seus países.

Já correm pelo mundo explicações fabulosas sobre estas eleições. As mais hilariantes são duas. Uma diz que, além dos machistas e dos racistas, votaram em Trump os analfabetos, os desesperados, os marginalizados pelo progresso, os desempregados e os supersticiosos. A outra diz que o fiasco das sondagens, dos estudos de opinião e dos jornalistas se deve ao facto de os reaccionários terem vergonha de dizer em quem votariam! Por outras palavras: quem não presta votou em Trump; e quem votou em Trump enganou-nos!

Tal como os democratas em geral, as esquerdas atribuem sempre as culpas das suas derrotas aos defeitos dos outros, da extrema-direita, dos ricos, dos padres, dos fascistas, dos proprietários, dos patrões, dos corruptos e agora dos populistas. Não pensam que os culpados são ou também são eles, os democratas, ou elas próprias, as esquerdas. Raramente se dão conta de uma verdade velha, com dezenas de anos, mas sempre esquecida: as democracias não caem por serem atacadas, não são derrubadas pelos seus inimigos, caem por sua própria responsabilidade, porque enfraquecem, porque se dividem, porque perdem tempo e energias com quezílias idiotas e porque deixam que o sistema político perca de vista as populações. Também, finalmente, porque acreditam nas suas virtudes, porque confiam na sua racionalidade e porque consideram que têm o exclusivo da bondade e da compaixão.

As esquerdas (nas suas versões americana e europeia) apresentam-se cada vez mais como uma soma de sindicatos e de clientelas: mulheres, negros, operários da indústria, desempregados, pensionistas, homossexuais, artistas, intelectuais, imigrantes, Latinos ou Muçulmanos. Todas as minorias imagináveis, incluindo as mulheres que o não são. Às vezes, resulta. Mas acaba sempre por não resultar. As esquerdas abandonaram as ideias e os direitos universais dos cidadãos e valorizam as suas circunstâncias étnicas, sociais ou sexuais. Como também abandonaram a capacidade de pensar a identidade nacional, entidade ainda hoje vigorosa e reduto de referências pessoais e culturais.

Acima de tudo, a arrogância e a superioridade moral, cultural e política das esquerdas têm destes resultados: afastam-nas do povo e favorecem os inimigos da democracia."


DN, 13 de Novembro de 2016 - António Barreto

sábado, 5 de novembro de 2016

A CGD não tem de ser recapitalizada!

"5 000 000 000 €: O governo (de António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa) quer canalizar cerca de cinco milhares de milhões de euros dos contribuintes para a Caixa Geral de Depósitos, com o apoio da oposição (Passos e Cristas) e até do Presidente da República. Só que ninguém explica para que são esses 5 000 000 000 de EUROS. Exige-se uma explicação decente.
Até porque, a fazer fé nos documentos da própria Caixa Geral de Depósitos, a Caixa não precisa de capital. No que diz respeito à solvência, os rácios de referência na Banca Internacional, “Common Equity Tier 1, Phased-in e Fully Implemented”, “alcançaram em junho valores de 10,0% e 9,2%, respectivamente, cumprindo as exigências regulamentares”. E em termos de liquidez: o seu “Liquidity Coverage Ratio” ascende a 193,5%, valor muito acima das exigências regulamentares, segundo resultados publicados há dois meses. São pois os documentos da CGD que contrariam a anunciada necessidade de injecção de capital. EXIGEM-SE EXPLICAÇÕES! Haja decência e respeito por quem paga, neste caso, o POVO." - Dr. Paulo Morais 16/10/2016


"Para que é que o governo e alguns partidos querem meter na caixa milhões de euros a mais? Das duas, uma: ou é para encharcar o mercado de dinheiro para o crédito ao consumo, que normalmente tem um grande efeito eleitoral, ou então é para alimentar as autarquias em ano eleitoral”.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

VAMOS FRENTE CÍVICA

O MOVIMENTO CÍVICO que faltava para arrumar de vez com os gajos do costume, já chega de conversa mole, essa é para boi dormir!!!

sábado, 13 de agosto de 2016

Por uma nova política de combate aos fogos...

Aqui ficam dois bons artigos sobre a matéria...
NOVA POLÍTICA DE COMBATE A FOGOS por Dr. Paulo Morais

"A defesa do território português deve ser uma prioridade de todos e, no que diz respeito aos incêndios florestais, só será possível debelar esta série de calamidades com uma efectiva política de prevenção, que deveria envolver as forças armadas e de segurança, bem como os serviços do inútil Ministério da Agricultura.
Claro que, em primeira instância, a gestão destes processos competiria aos corpos de bombeiros, cujo desempenho seria avaliado e remunerado em função das áreas que mantivessem livres de incêndios e nunca, como hoje, pelo número de horas de combate. Em vez de andar a pagar fogos, o estado deveria, pelo contrário, premiar a sua inexistência. A origem primeira dos fogos florestais não está na escassez de meios para o seu combate, mas na falta de prevenção, na ausência de um programa nacional de manutenção das matas.
Como se financiaria o sistema?
Desde logo, com o que já se gasta nas campanhas de combate a incêndios, que incentivam os próprios incêndios, ao enriquecerem as empresas que se alimentam deste negócio. A que deveria acrescer a receita obtida com a comercialização da biomassa resultante da limpeza das matas. E também os lucros que o estado português teria com o acréscimo de absorção de carbono pela floresta, aumentando assim as contrapartidas nacionais no mercado mundial de emissões de carbono.
Por último, com uma parte do imposto sobre os combustíveis. Pois é à floresta, que absorve parte da poluição produzida, que devem ser consignados os impostos de quem polui, como consagra o princípio do poluidor pagador."

Queremos ver Portugal a arder por JOÃO MIGUEL TAVARES

Há cerca de um ano foi divulgado um estudo da União Europeia sobre incêndios nos países da bacia do Mediterrâneo que continha números impressionantes. Foram analisados dados de 2000 a 2013 de Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia. Nesse período 53,4% de todos os incêndios haviam ocorrido em Portugal. Ou seja, o nosso país tinha maior número de incêndios do que Espanha, França, Itália e Grécia juntas. Em termos de área ardida, o número baixava para 37,7%, mas como a Portugal corresponde apenas 14,7% do território em causa, o resultado é este: temos 3,5 vezes mais incêndios do que a média dos países mediterrânicos e 2,5 vezes mais área ardida. São números que deveriam envergonhar qualquer português. E, no entanto, não me recordo de esse estudo ter tido alguma repercussão significativa em termos políticos ou mediáticos, e eu próprio só dei por ele porque ontem já não conseguia suportar mais labaredas à hora do almoço e pus-me a pesquisar. 
A falta de seriedade com que nós enfrentamos os problemas da floresta portuguesa só tem paralelo na histeria que toma contas das televisões assim que, para citar Quim Barreiros, entra Agosto. Há mais de dez anos que se fala em auto-regulação das televisões, por uma razão muito atendível: estimando-se que um quarto dos incêndios tem origem criminosa e estando comprovado que os pirómanos se entusiasmam com a sua cobertura, o festim de chamas serve de alimento a futuros fogos. Ontem, todos os canais abriram os noticiários da hora de almoço com os incêndios, o que é compreensível tendo em conta a gravidade da situação, mas depois pus-me a olhar para o relógio, num daqueles exercícios que a ERC muito aprecia: a RTP terminou a cobertura dos fogos às 13.20; a CMTV às 13.15, mas depois voltou às 13.31 e arrastou um directo até às 13.43; a TVI às 13.31; e a SIC às 13.34. Sendo costume os jornais do almoço duraram uma hora, a cobertura dos incêndios em Portugal está como os fogos: mais de metade dos noticiários de Agosto são ocupados por chamas, chamas e mais chamas.
O meu problema, claro está, não tem a ver com a questão dos incêndios, que é um excelente tema jornalístico. Está na transformação do repórter num mero recolector de lágrimas e labaredas. Os 34 minutos de incêndios no Primeiro Jornal da SIC não são ocupados a questionar responsáveis ou a discutir o que está a falhar no combate e na prevenção. O grosso da cobertura é floresta a arder, e quanto mais próximo de casas maior o dramatismo e mais estúpidas as perguntas do repórter. A próprio pivot vai lançado os directos com comentários tão argutos quanto “este é mesmo um combate desigual…”, e do outro lado confirma-se que sim, que é um combate desigual, e depois a senhora Maria pergunta onde estão os bombeiros, e o senhor Manel pergunta porque é que ninguém limpa as florestas.
Para o ano, já se sabe, há mais. Ora, o que eu gostaria de ver era menos a senhora Maria e o senhor Manel, e mais um bom debate televisivo com todos os ministros do Ambiente e ministros da Administração Interna (António Costa incluído) que ocuparam os cargos entre 2000 e 2013, para nos explicarem devagarinho porque é que falhamos há tantos anos em matéria de incêndios e porque é que tudo indica que vamos continuar a falhar. Os estudos não enganam. Isto não é azar geográfico nem altas temperaturas. É mesmo uma profunda incompetência política, muito mais árdua de combater do que o pior dos fogos."

sábado, 30 de julho de 2016

PANAMA PAPERS - Que silêncio carago!!!

"PANAMA PAPERS: SILÊNCIO ENSURDECEDOR.
Lembram-se dos Panama Papers? A maioria dos envolvidos são POLÍTICOS. Mas, apesar de estarem identificadas, neste escândalo, 246 entidades com ligações a Portugal - não foram ainda revelados os nomes dos políticos envolvidos. Estão a ser protegidos porquê? Divulgaram 70 nomes, a maioria empresários e advogados. Porque esperam para difundir os dos políticos?.
O escândalo foi censurado. Na TVI e no Expresso. O silêncio é ensurdecedor.!"
26-06-2016 - Sr. Dr. PAULO MORAIS


"PANAMA PAPERS: Que SILÊNCIO ENSURDECEDOR!!!
Lembram-se dos Panama Papers? A maioria dos envolvidos são POLÍTICOS. Mas, apesar de estarem identificadas, neste escândalo, centenas de entidades com ligações a Portugal - não foram ainda revelados os nomes dos políticos. Estão a ser protegidos porquê? Divulgaram já dezenas de nomes, na sua maioria advogados. Porque esperam para difundir os dos políticos?. O escândalo foi censurado. Na TVI e no Expresso. O silêncio é ensurdecedor.
(repetirei este post até que nos esclareçam)"
07-07-2016 - Sr. Dr. PAULO MORAIS


sexta-feira, 22 de julho de 2016

Às armas, às armas...

Não se deve dar passos maiores do que os seus pés e muito menos cantar de galo, quando não se tem voz nem poleiro...

"Às armas!
Aqui estamos, mais uma vez, a bramar “às armas!”. Como sempre. Como noutros séculos. Quando os Portugueses, alguns Portugueses, não encontram desculpas para as suas asneiras, recorrem ao patriotismo. Quando os governantes não sabem resolver os problemas que herdaram ou criaram, entoam hinos. Quando os dirigentes querem escapar, atribuem as responsabilidades ao inimigo externo. Mas sobretudo quando não têm meios nem razão, logo apontam o dedo a um perigo estrangeiro. Já foi a Espanha dos Filipes, já foi a Inglaterra dos Piratas e já foi a França do Terror e de Napoleão. Também já foram os americanos. E os comunistas, russos de preferência. Já foi o petróleo e os dólares. Agora, são os Europeus. Os de Bruxelas, em geral. Os da Alemanha, em particular. Os da direita, da banca e das finanças, mas estrangeiros. São eles os responsáveis pelas nossas dívidas, os causadores das nossas perdas, os obreiros da nossa crise e os culpados das nossas dificuldades!

Em vez de procurar valorizar o que temos, de aproveitar o que sabemos e de organizar a economia; em vez de investir, de diminuir o desperdício e de fazer obra útil; em vez de apenas gastar o que temos, de atrair investimento externo e de trabalhar e poupar; em vez de estudar, de nos governarmos com mais sabedoria e de fazer com que o Estado respeite os cidadãos, em vez disso, procuram as autoridades comover os sentimentos, confundir os espíritos e mobilizar contra alguém, o inimigo, o adversário, a ficção dos que querem mandar em nós, a invenção dos que não respeitam os Portugueses e a fantasia dos que não honram uma nação com oito séculos de história!

António Costa, o seu Governo e os partidos que o apoiam estão envolvidos num processo perigoso que vai acabar mal. Desencadearam uma guerra contra a União. Atiraram-se à Europa. Batem o pé, como gostam de dizer. Levantam a voz ou falam com voz grossa, como prometem em comícios vulgares. Não aceitam a chantagem europeia, declaram em tom marialva. Não estão cá para obedecer à Europa! Garantem que em Portugal são os Portugueses que mandam e não aceitam lições de ninguém!

O Governo recusa mostrar à Comissão um rascunho de orçamento que, aliás, ninguém lhe pediu! Insiste em gastar e distribuir. Não corta na despesa. Contraria a Espanha e o Reino Unido. Critica a Alemanha. Procura aliados na extrema-esquerda, coisa pouca. O Governo não tem meios, nem força interna, nem aliados externos que lhe permitam esta espécie de “baroud d’honneur”, o último combate de uma guerra perdida! De luta simbólica para dar o exemplo. De sacrifício que faça um mártir e nos transforme em heróis! Portugal não tem riqueza, nem recursos, nem capacidade para, sozinho, contrariar as regras da economia europeia e mundial, obter os créditos de que necessita, conseguir os investimentos de que carece. Não se deve cantar mais alto do que a sua garganta. Nem dar passos maiores do que os seus pés. Muito menos cantar de galo, quando não se tem voz nem poleiro. António Costa e o Governo estão a preparar-se para desencadear uma luta para a qual não têm meios, nem força. E nem sequer razão.

É claro que a União Europeia está em apuros e não sabe qual é o seu destino. Há anos que se espera pela crise em que vivemos hoje. A União Europeia está à beira de morrer na praia, como diz o lugar comum. Foi longe de mais e não foi suficientemente longe. Não é equitativa, distingue entre grandes e pequenos. Não é justa, só castiga os fracos. Não é igualitária, segue as directivas alemãs. Longe de mais para dar paz e democracia. De menos para a segurança e a disciplina. Mas nada justifica que o governo português invente uma guerra contra a União. Será sempre uma guerra contra si próprio."


DN, 17 de Julho de 2016 - Dr. António Barreto

O patriotismo sempre foi o refúgio dos demagogos...

"As dívidas da Pátria
Já hoje sofremos sanções e não é pouco! Os juros que pagamos são superiores aos dos outros países. Os investimentos, nacionais e estrangeiros, caíram a pique. Continua a exportação de capitais para países mais seguros e bancos mais honestos. Nos mercados, o dinheiro para Portugal é escasso ou muito caro. Os credores internacionais têm dúvidas. Todas estas realidades têm nomes mais técnicos e suaves, mas são verdadeiras sanções. Parece que não chegam! Ainda são precisas mais!

Como é evidente, devemos pagar sanções. E ser punidos. É bom que assim seja. A impunidade é um defeito grave. Quem não faz o que deve tem de assumir as consequências. Em última análise, quem sofre com as sanções são os contribuintes. Sabemos isso. Por isso as sanções podem ser injustas. Mas são instrumentos necessários a pôr os políticos em ordem e a obrigá-los a ter disciplina. Sobretudo é o modo de informar os eleitores que os seus políticos governaram mal, tomaram decisões erradas, gastaram o que não é deles e não fizeram contas porque queriam ser eleitos. As sanções são uma condição necessária à formação de um juízo racional dos eleitores. Sem sanções, não há políticos a despedir, não há governantes indisciplinados a castigar, não há mentirosos a punir, nem há demagogos a contrariar!

Distribuir o que não há, gastar a mais e não pagar dívidas merece castigo! Mentir nas contas, gerir mal e favorecer a corrupção deve ser punido! Decretadas pelas autoridades competentes, as sanções servem para tornar evidentes aos eleitores os erros e os defeitos dos seus políticos.

Por isso é confrangedor o actual debate sobre sanções, assim como a onda de patriotismo bacoco que o governo e os seus apoiantes fomentam. É ridículo declarar guerra à União Europeia e à Alemanha! É idiota invocar a pátria para aumentar a dívida! É infantil tentar camuflar os erros políticos sob as roupagens da dignidade nacional!
O patriotismo sempre foi o refúgio dos demagogos, dos ditadores e dos aldrabões.
Estamos a chegar lentamente ao país dos crédulos: nós temos sempre razão, eles, nunca! Os debates parlamentares resumem-se a isto. Os fiéis de um culto só acreditam no seu sacerdote. Os simpatizantes de um partido só confiam nele. O pensamento é o do rebanho. Inteligência, informação, razão e rigor são dispensados. Estas semanas de futebol só vieram agravar os espíritos. O que importa é ganhar, nem que seja com a mão, dizia alguém na televisão. A lógica é a mesma. Com argumentos nacionalistas, que as esquerdas envergonhadas designam por patrióticos, com emoções patetas e com sentimentos totalmente deslocados, pretende-se manter aliados e iludir eleitores. Sendo que os apoiantes comunistas e bloquistas querem mais do que isso. Querem mesmo dar cabo do Euro, do Tratado orçamental e desta União. Para o que esperam evidentemente pela cumplicidade pacóvia dos socialistas e pelos sentimentos patrióticos dos Portugueses vexados na sua dignidade nacional!
Verdade seja dita que os outros intervenientes não se portam melhor. O que faz com que seja difícil compreender o que realmente se passou e está em causa. Portugal infringiu ou não as regras? Quando? Por quanto? Quem foram os responsáveis? E os outros países da União? Esta trata todos da mesma maneira, como diz, ou com parcialidade, como parece? A União ainda não conseguiu demonstrar que, na questão dos défices, está a ser justa e equitativa. O PSD não provou que a sua gestão ficou abaixo do défice. O governo não conseguiu demonstrar que a sua actuação não agrava os défices. Chegámos ao ponto do inferno das emoções, próprio do patriotismo: o que fizemos é bem, porque fomos nós. O que eles fizeram é mau, porque foram eles. Ao que nós chegámos!"
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DN, 10 de Julho de 2016 - Dr. António Barreto

terça-feira, 19 de julho de 2016

E depois de ABRIL...

Apeamos a imagem do ditador SALAZAR, mas num piscar de olhos já havia resmas de GAJOS a pintar murais e a afixar cartazes com a imagem de um outro... ESTALINE... Quem diria!!!

sábado, 25 de junho de 2016

Grande QUARESMA...

Obrigado pelo golo contra a Croácia!!!

A Geringonça...

Afinal aonde está a diferença  para com as anteriores... 
Óbvio, os cegos e os que rodam a manivela  não notam...

Cada crise tem o seu culpado...

É o que parece que se limitam a fazer os "trompeteiros" do REGIME, passar o tempo a "botar" as culpas para cima dos outros"... Que gente? Será que os posso chamar assim! 


Os Culpados..
"Em quinze anos, desde 2000, o crescimento económico português foi, para o período ou em média anual, zero! Nunca tal se viu, na evolução económica recente. Diante da brutalidade destes números, com a esquerda ou com a direita, as esperanças no desenvolvimento económico e social esfumaram-se. O que se esperava que a modernização tivesse trazido, o que se pensava que a integração europeia tivesse produzido, o que se imaginava que a nova economia e os novos empresários tivessem criado, tudo isso parece ter desaparecido! Aspira-se a um crescimento de 0,5 a 1 por cento, como se fosse o El Dorado! Sonha-se com desemprego a 7% como se do paraíso se tratasse! Com o actual endividamento e o respectivo serviço, décadas serão necessárias para libertar recursos indispensáveis para o investimento. Até lá, vamos procurando culpados.
É normal. Compreende-se. Cada crise tem o seu culpado. Nunca é unânime, há sempre polémica, mas, em cada momento, um culpado sobrepõe-se aos outros. Houve um tempo em que era o fascismo. Pela pobreza, pelo analfabetismo, pela doença e pelo atraso, a culpa era do fascismo, da “ditadura terrorista dos monopólios”, segundo a preciosa definição do Dr. A. Cunhal. Também se dizia que os culpados eram cem famílias.
Quando a liberdade parecia despontar, logo surgiram os que a queriam atacar e ficaram responsáveis por todos os desmandos: eram os comunistas, a extrema-esquerda e os militares do MFA. Com a União Soviética à frente. Foram eles os responsáveis pelos desastres da economia, pelo desemprego e pela inflação.
Encerrado esse ciclo, o culpado passou a ser o Estado. A burocracia. Os funcionários. As empresas públicas. E, através do Estado, a Maçonaria. Era no Estado que floresciam a corrupção e a promiscuidade. O sector público nada fazia, nada produzia, só gastava.
Esgotada a ladainha do sector público, chegou a vez das elites. Elites económicas e políticas (nunca as artísticas nem as intelectuais, pois claro…) incapazes de dirigir e enriquecer o país. O povo trabalhava, os trabalhadores cumpriam, mas as elites gastavam ou não se interessavam. E não estavam à altura dos desafios e das necessidades.
Não faltou muito para que se encontrasse um novo grande culpado: o país inteiro, o povo, a população que viveu acima dos meios, muito acima das suas possibilidades. Viver a crédito, com dívidas, como se não houvesse filhos nem dia seguinte, foi a razão pela qual o país se afundou. Todos os Portugueses, com excepção de alguns iluminados, tiveram a sua quota-parte de culpa.
O contra-culpado não tardou: a direita! A direita dos ricos e dos banqueiros. A direita dos patrões. A direita do Partido Socialista, por um tempo. A direita do PSD e do CDS, claro. Com a direita vieram, evidentemente, a União Europeia e os alemães, culpados indesmentíveis da nossa pobreza!

Agora, de repente, temos um novo culpado. Disse o ministro das finanças, Mário Centeno, que a economia não cresce por causa do sistema bancário! Segundo os jornais, ele entende que os trabalhadores portugueses são os que mais trabalham em toda a Europa, como são igualmente, de longe, os que menos ganham. Eis que constitui, diz o ministro, uma força a aproveitar para fomentar o investimento. Para dinamizar esta economia, feita pelos que mais trabalham e menos ganham, é necessária uma banca que funcione. É o que ele promete! Não tínhamos pensado nisso antes. Não nos lembrávamos dos mais de 30 mil milhões de crédito mal parado, nem dos trapaceiros que destruiriam o que sobrava de reputação da banca portuguesa."
23 Junho - Dr. António Barreto

A CGD e o problema do CRÉDITO MAL PARIDO

O problema da CGD é o crédito "mal parido", o de PORTUGAL são os "mal paridos" que o POVO insiste em eleger...  penso eu de que!!!!

"A Caixa Geral de Depósitos NÃO PRECISA de QUATRO MIL MILHÕES para se recapitalizar. As notícias sobre essa necessidade são manobras de manipulação e intoxicação da opinião pública.
A Caixa Geral de Depósitos necessita de uma auditoria para identificar os casos de crédito concedido sem as respectivas garantias. E carece duma intervenção judicial para punir os responsáveis por estes actos de gestão danosa.
O problema da CGD NÃO É O CRÉDITO MALPARADO. É o CRÉDITO MAL PARIDO."
17/06 - Dr. Paulo Morais

"A Caixa Geral de Depósitos NÃO PRECISA de CINCO MIL MILHÕES para se recapitalizar. Nem muito menos deveria despedir. Estas notícias constantes sobre esta falsa necessidade são tentativas de manipulação e intoxicação da opinião pública. São MENTIRAS. A Caixa Geral de Depósitos necessita, ISSO SIM, de uma auditoria para identificar os casos de crédito concedido sem as garantias adequadas. E carece duma intervenção judicial que puna os responsáveis por estes actos concertados de gestão danosa e corrupção; e recupere os activos em risco, confiscando bens de quem beneficiou desses créditos; e de quem os concedeu.

A CAIXA TEM DE PASSAR A SERVIR O POVO E LIBERTAR-SE DO POLVO (do Bloco central de interesses, que continua aí)."
22/06 - Novamente e, muito bem dito Dr. Paulo Morais

O SINDICATO DOS CALOTEIROS...

O retrato do pais que temos, num excelente artigo do Dr. António Barreto, obviamente pondo em causa a cantilena dos papagaios desta III República, que também deveria ser escrita com dois RR, sendo o segundo de "roubar...", um velho comentário do General Humberto Delgado sobre os papagaios da I República...

As sanções Europeias
"Depois de ter a certeza de que as instituições europeias não castigariam Portugal, os partidos parlamentares decidiram aprovar um protesto contra as eventuais sanções. Não havia riscos e ficavam todos bem, pensava-se. Assistiu-se então ao espectáculo lamentável de um Parlamento que não se entende a propósito de um voto “patriótico” de repúdio! Qual associação de estudantes, aquela assembleia, perante uma hipotética ameaça europeia, nem um texto medíocre aprovou. Protestar daquela maneira é adolescente e prova de menoridade. Mas nem sequer conseguir alinhar três parágrafos sobre o assunto é simplesmente infantil! E sinal de que o clima político está mau, a caminho de péssimo. Foram aprovados dois protestos… Os socialistas votaram dos dois lados…
Deveria, evidentemente, haver sanções. Não há outra maneira de estimular um país à disciplina orçamental e financeira. A proverbial incapacidade dos Portugueses para conseguir disciplina e rigor financeiro só pode ser tratada de duas maneiras. Uma, com ditadura, o que já foi experimentado no passado com os maus resultados conhecidos. Outra, com sanções impostas por quem tem legitimidade para o fazer, o que só parece competir à União Europeia.
Portugal é incapaz de alcançar de livre vontade os equilíbrios financeiros e orçamentais necessários a um bom desenvolvimento económico. A adesão ao Euro, há quinze anos, justificava-se pela necessidade de pôr ordem nas finanças portuguesas. A seriedade europeia, prolongamento da severidade alemã, era um excelente argumento para justificar a adopção do Euro. Infelizmente, os resultados foram os piores. A indisciplina portuguesa aumentou. A complacência europeia foi total. O interesse dos países exportadores e credores transformou-se em cumplicidade e co-autoria dos desmandos. A demagogia, a corrupção e a trapaça bancária foram moeda corrente durante duas décadas. Mais ou menos aquelas durante as quais Portugal deixou de crescer. Até hoje.
É todavia ridículo e ilegítimo impor sanções a Portugal e, ao mesmo tempo, desculpar a França e ser complacente com a Itália e a Grécia. E já ter desculpado a Alemanha, quando ela precisou. Além disso, a União Europeia e o BCE não souberam, durante quinze anos, impor disciplina e ser mais severos no acompanhamento. Sem equidade e sem eficácia, a União perde autoridade.
Este não é o momento para impor sanções a Portugal nem a qualquer outro país. A União tem primeiro de se reconstruir, depois podemos voltar a pensar nisso. Mas, se não houver sanções, nem agora, nem mais tarde, em Portugal ou noutro membro não cumpridor, nunca mais haverá disciplina. Nem cá, nem lá. E se assim for, adeus Europa, adeus União! 
Começa a desenhar-se uma “frente comum”, uma “aliança implícita” entre países do Sul, Latinos, mediterrânicos e socialistas: Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia. Esta convergência pode dar mais peso a uma eventual posição portuguesa. Mas o problema é que com este sindicato de caloteiros, jamais conseguiremos o mínimo de disciplina necessária a um esforço de investimento e de crescimento. Com tantos economistas à solta por essa Europa fora, não se conseguirão inventar mecanismos mais eficientes de salvaguarda da disciplina orçamental e financeira e do rigor nas contas públicas?
Para os Portugueses, o grande problema é o endividamento e o défice público. Nestes capítulos, Portugal é incorrigível. Aproveitam-se todas as oportunidades para aumentar a dívida e a dependência. Os Portugueses não têm vergonha de dever dinheiro aos outros. São tão perversos que até se sentem bem, isto é, com direito a ter dívidas! Não têm emenda, parece que só a mal ou à força é que os Portugueses ganham juízo financeiro!"
12 Junho 2016 - Dr. António Barreto

domingo, 1 de maio de 2016

A democratização prometida está longe de ser alcançada...

"O regime democrático saído do 25 de Abril, neste ano em que comemora apenas 42 anos, está já moribundo. As liberdades conquistadas em 1974 parecem garantidas, como o direito de expressão e reunião. Mas a democratização prometida está longe de ser alcançada.
O poder é hoje exercido não pelo povo, mas pelos grandes grupos económicos, com predomínio dos financeiros, dos construtores e promotores imobiliários. As eleições não geram verdadeiras alternativas, apenas permitem a alternância no poder dos maiores partidos. A distribuição de benesses, cargos, “tachos”, é prática generalizada. A classe política usufrui, em democracia, de privilégios bem maiores do que no tempo da ditadura fascista.
O regime estruturou-se de forma a incentivar e promover a corrupção. Os escândalos sucederam-se com prejuízos incalculáveis: Expo 98, Euro 2004, BPN, BES, Banif, submarinos, Freeport, parcerias público-privadas…
Em termos económicos, então, foi o descalabro. Portugal poderia ser um país desenvolvido, com uma economia estruturada, mas o tecido produtivo, salvo raras excepções, é hoje muito débil. Apesar dos fundos a que o país teve acesso com a integração na Europa desenvolvida, nos anos 80. Esses apoios foram desviados e desbaratados. Os escassos recursos são hoje maioritariamente confiscados às empresas e cidadãos, através de impostos infindáveis.
Ao fim de quarenta anos, a vida em Portugal poderia ser tranquila, as famílias deveriam viver com conforto, dignidade e ternura. Mas o nosso quotidiano transformou-se numa permanente tortura."   
25 Abril 2016 - Dr. Paulo Morais

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Sempre a mentira...

"A mentira mata!
O Governo não quer aprovar os seus planos no Parlamento. Nem o Programa de Estabilidade (que antes se chamava Estabilidade e Crescimento), nem o Programa Nacional de Reformas, uma versão desenvolvida do documento vácuo que tínhamos conhecido há umas semanas. O Governo entende, erradamente, que basta aprovar os seus planos, tão ou mais importantes do que o orçamento anual, nas reuniões paralelas com o PCP e o Bloco, após o que seguiriam para a União Europeia onde, com mais ou menos dificuldade, tudo seria aprovado.
Como é evidente, tal visão das coisas é pouco inteligente e nada democrática. As reuniões paralelas entre aliados não substituem o parlamento. A aprovação dos programas a Assembleia, mesmo que seja só com os votos dos aliados, dá força à posição do governo e do país. Os cidadãos apreciam. A democracia funciona.
Ainda não se sabe se vai haver voto formal ou não, nem quando. Mas é possível que tal aconteça. Pena é que tenha de ser a oposição, sempre acusada de despeito, a insistir para que isso se faça.
É verdade que, nestes procedimentos, há um problema ainda não resolvido. Como fazer? Onde se deve começar, em Lisboa ou em Bruxelas? Se os Programas forem primeiro aprovados em Bruxelas, por funcionários, que deve fazer o parlamento nacional? Calar e consentir? Ou recusar e criar um problema de todo o tamanho? Imagine-se então que os programas são aprovados em Lisboa, no Parlamento, e só depois seguem para Bruxelas. Se a União aprovar, não há problema, a não ser o da menoridade do Parlamento nacional, pois as suas decisões necessitam de referenda. Mas se a União não aprovar ou só o faça parcialmente, em que situação fica o Parlamento? Má, seguramente. Nas condições de um governo maioritário e não endividado, as soluções seriam encontradas com muita negociação e alguma diplomacia. Assim, sem maioria mas com dívidas, o fim desta história será sempre negativo.
A não ser evidentemente que se recorra à mentira, nova especialidade da política portuguesa. A exemplo do que se tem passado com vários casos actuais, o Governo poderia mentir ao Parlamento, à União e ao BCE. Com um pouco de sorte, poderíamos escapar por entre as gotas de água.
É caso para perguntar: que se passa com os dirigentes políticos portugueses? Raramente, na história recente de Portugal, se chegou a um ponto como este, de mentira e calúnia! Nem durante a revolução de 1975! O que se disse e fez a propósito do BPN, do BPP, do BCP, do BES, do BANIF e agora do BPI, ultrapassa o conhecido e o tolerável. Foram acusados de mentirosos um Presidente da República, três Primeiros-ministros, outros tantos ministros das Finanças, o Governador do Banco de Portugal e o vice-presidente do Banco Central Europeu, além de Comissários europeus, de banqueiros e bancários. Quanto a deputados, estamos conversados: parlamentares de todos os grupos acusaram e foram acusados de mentirosos.
O problema não é só de boas maneiras. É também de informação aos cidadãos e de punição dos mentirosos. Mas temos a infeliz certeza de que a política castiga mal a mentira. Tem sido possível mentir na praça pública e ficar impune. Pior: é possível mentir numa comissão de inquérito e nada acontecer.
O perjúrio em Portugal é tolerado. Ou mesmo louvado. Um conhecido advogado afirmou um dia em público que o “dever de qualquer advogado era o de mentir para defender o seu cliente”. Ninguém, na magistratura, na Ordem, no Parlamento ou na universidade, reagiu. Na política, não se pensa muito diferente. O êxito político justifica tudo. Desculpa a mentira e o perjúrio.
A impunidade é, entre nós, uma regra de comportamento. Um modo de vida. Com os conhecidos desastres dos bancos, ficam impunes os desmandos dos políticos e dos banqueiros.

Mas a mentira mata! Sobretudo as vítimas. Os cidadãos."
Dr. António Barreto no 25 de ABRIL...

Riem de quê? Carago!!!


"Marcelo e Costa iniciaram o seu primeiro 25 de Abril como Presidente e Primeiro-Ministro, homenageando o NewsMuseum, a obra de Luís Paixão Martins (no centro), o responsável da comunicação de... Isabel dos Santos...." No comments!!!

domingo, 10 de abril de 2016

PANAMÁ PAPERS:

Questões levantadas pelo Dr. PAULO MORAIS
"1. Se a família Espírito Santo tem capital em TREZENTAS sociedades off-shore feitas pela Mossack Fonseca, no Panamá, porque não utilizou esse capital para evitar a falência do BES?
2. Qual a exposição de créditos do Novobanco ao capital destas sociedades?
3. Porque não são (nem serão!) estas sociedades e o capital confiscados pelo Estado Português?"

OFFSHORES? OF COURSE!

"Os políticos, através de esquemas perversos de corrupção, recebem "luvas" pelos trabalhos públicos que adjudicam, pelas privatizações que promovem, pelas concessões que atribuem, pelas licenças que concedem. E escondem-no. Em offshores, of course." Dr. PAULO MORAIS

domingo, 27 de março de 2016

Como vai Senhor Contente?
























"O absurdo aconteceu: Isabel dos Santos vai dominar o banco privado português BCP, graças à ajuda do primeiro-ministro português, António Costa. E com a bênção de Marcelo Rebelo de Sousa. Inadmissível!"  (Clique aqui para ler o artigo jornalf8.net)
Por Paulo de Morais - Vice-Presidente da TIAC – Transparência e Integridade, Associação Cívica

sábado, 26 de março de 2016

A ponte do VASCO...

"Na "Ponte Vasco da Gama", o "Gama" é de gamanço." 
Dr. PAULO MORAIS

"Poço Vasco da Gama

A participação privada na nova travessia do Tejo nasceu de um embuste, a tese de que o estado não teria dinheiro para construir a infra-estrutura e recorria ao apoio dos privados, a quem mais tarde pagaria determinadas rendas. Nada mais errado! Até porque os privados entraram com apenas um quarto dos 897 milhões de euros em que orçava o investimento. O restante foi garantido pelo estado português, através do Fundo de Coesão da União Europeia (36%), da cedência da receita das portagens da Ponte 25 de Abril (6,0%), e por um empréstimo do Banco Europeu de Investimentos (33%). O verdadeiro investidor foi o estado português, que assim garantiu a privados uma tença milionária ao longo de anos. Só em 2010, as receitas das portagens atingiram quase 75 milhões de euros.
Ao mesmo tempo, os privados eliminavam a concorrência, pois garantiam que ninguém poderia construir uma nova travessia no estuário do Tejo sem lhes pagar o respectivo dízimo.
Para piorar a situação, o estado negociou, ao longo de anos, sucessivos acordos para "a reposição de reequilíbrio financeiro", através dos quais se foram concedendo mais vantagens aos concessionários. Ainda antes da assinatura do contrato de concessão, já o estado atribuía uma verba de 42 milhões de euros à Lusoponte para a compensar por um aumento de taxas de juro. Mas os benefícios de taxas mais baratas, esses reverteram sempre e apenas para a Lusoponte.

Sem razão aparente, o estado prolongou ainda a concessão por sete anos, provocando perdas que foram superiores a mil milhões. E muito mais… um poço sem fundo de prejuízos decorrentes de favorecimentos à Lusoponte. Aqui chegados, só há agora uma solução justa: a expropriação da Ponte Vasco da Gama, devolvendo aos privados o que lá investiram. As portagens chegam e sobram para tal. Não se pode é continuar a permitir que, por pouco mais de duzentos milhões de euros, uns tantos senhores feudais se tornem donos de uma ponte que não pagaram, cativem as receitas da "25 de Abril" e sejam donos do estuário do Tejo por toda uma geração."

terça-feira, 15 de março de 2016

Obrigado NICOLAU BREYNER...

O PATRIOTA...

Em nome do PATRIOTISMO, os macacos do ZOO da capital reclamam bananas da Madeira, são Nacionais e sendo mais caras geram mais IMPOSTOS... e nem é preciso atravessar a fronteira para se abastecerem!

quinta-feira, 10 de março de 2016

COLONO ERA A TUA PRIMA...

Independentemente da cor, credo religioso ou região do Planeta, não fosse o apetite devorador das OLIGARQUIAS pelo alheio, e todos os POVOS do MUNDO teriam um presente melhor e um futuro mais promissor... e se o termo COLONO fosse simplesmente sinónimo de EXPLORADOR, então seria caso para dizermos que andam por aí muitos COLONOS disfarçados de DEMOCRATAS... Como seria positivo se fossem pregar noutra freguesia e pusessem termo a fantasias como as inscritas em artigos de opinião, como esse da VINGANÇA DE COLONO... é bom não esquecer; "pode-se enganar a todos por algum tempo, pode-se enganar alguns por todo o tempo, mas não se pode enganar a todos todo o tempoA. Lincoln.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Um conselho ao Sr. Presidente....

"O que deve fazer o Presidente

Gostaria de escrever sobre o próximo Presidente. No entanto, poderia alguém concluir que o “Retrato Robot” se parecia com um dos candidatos. Ora, a lei portuguesa proíbe que, neste dia, se escreva de modo a que o verbo possa ser interpretado como apoio a um candidato. Por outras palavras, é proibido escrever ou falar sobre o único assunto de que toda a gente fala! É uma lei estúpida, mas faz parte do nosso Calvário democrático: até as leis estúpidas devem ser obedecidas. Eis por que me parece sem risco dizer o que essa pessoa (evito cuidadosamente o sexo…) deverá fazer depois de tomar posse.
É verdade que o cargo se extingue gradualmente: todos os presidentes ajudaram nesse sentido. Talvez, dentro de uns anos, deixe de haver um presidente eleito directamente pelo povo. Até esse dia, no entanto, é possível desempenhar a função com alguma utilidade.
Respeite escrupulosamente a Constituição. A melhor maneira de o fazer consiste em enviar para o Tribunal Constitucional uma grande quantidade de diplomas do Parlamento e do Governo. A constitucionalidade das leis não é uma questão de opinião, mas sim de direito. Se o Tribunal diz que sim, é sim. Se diz que não, é não. Se o respeito pela Constituição for simplesmente a sua interpretação, já sabe: terá metade do país à perna!
Ajude o seu povo a reflectir sobre a revisão da Constituição. Se jurou respeitá-la, não jurou deixar de pensar. Pode perfeitamente solicitar pareceres e trabalhos, organizar seminários, grupos de estudo, debates e reflexões sobre o futuro da Constituição. Devemos deixá-la como está? Rever? Renovar profundamente? Tentar fazer uma nova? Ninguém está em Portugal proibido de o fazer. O Presidente também não. Toda a gente pode ajudar a reflectir. O Presidente mais do que qualquer um. É um favor que o Presidente fará ao país e aos partidos. Mas é também o seu dever. O Presidente da República não é um cargo paralítico, muito menos uma múmia.
Use o mais abundantemente possível os meios legais de que dispõe para falar com os órgãos de soberania: o Governo, o Parlamento e os Tribunais. Dirija-se com frequência ao Parlamento, escrevendo-lhe mensagens. Fale com o Primeiro-ministro e os ministros. Mas faça-o sempre pensando que, salvo em casos muito especiais, deve ter o povo como testemunha. Ou diga ao povo o que diz ao governo. Não deixe que os encontros das quintas-feiras, com espessa alcatifa e reposteiro corrido, sejam um segredo de Estado com o qual todos têm a perder: o Presidente, o Primeiro-ministro e os Portugueses. 
Como Comandante Supremo das Forças Armadas, pode e deve promover uma reflexão séria, seguida de debate animado, sobre as Forças Armadas portuguesas, suas funções futuras, seu desenvolvimento e seus deveres. No que deve incluir uma nova reflexão sobre o serviço cívico ou militar. As Forças Armadas portuguesas estão ameaçadas de ter de viver um período terrível de falta de meios, de orientação, de vocação e de espírito. O próximo Presidente da República não pode esquecer. Nem fingir que não percebe.
A Justiça deveria ser a sua maior preocupação. É o que há de mais frágil na colectividade. E o que mais ameaça os direitos dos cidadãos. Com uma boa justiça, teríamos mais liberdade, melhor administração, menos corrupção, economia mais saudável, instituições mais respeitáveis e política mais decente. Todos os Presidentes anteriores falaram muito de Justiça, nenhum fez nada que se visse. O Presidente tem poderes e meios directos, assim como indirectos, políticos e de influência, para melhorar a Justiça portuguesa. Só não o faz se não quiser ou se tiver medo.
Não dê posse a um governo minoritário. Exija um programa e um governo aprovados no Parlamento. A este propósito, a Constituição é cega, surda e muda: não permite, não prevê e não proíbe. Bem sei que não afirmou isso durante a campanha (ninguém o disse, aliás), mas é perfeitamente aceitável que o Presidente exija uma maioria. Nem que tenha de convocar novas eleições.
Qualquer político que chega ao topo da carreira, tem um sonho: ser internacional. Arranjar que fazer, ser conhecido e ter importância na Europa e no mundo. Esse é o capítulo das vaidades. Acontece que Portugal tem sido, nas últimas décadas, uma figura de corpo presente. Ou nem sequer. Ora, seria interessante que o país tivesse um qualquer papel internacional a fim de melhor exprimir os seus interesses. Sozinho, não conseguirá nada. Com outros, talvez. Uma iniciativa europeia, bem pensada, seria uma maneira de evitar que tivéssemos depois de sofrer as iniciativas dos outros.
Finalmente, não se deixe dominar pelos seus receios. Não permita que os seus serviços, conselheiros, consultores e amigos lhe digam que a sua protecção é a principal preocupação, a prioridade maior e a sua primeira obsessão. Para proteger os cidadãos, o Presidente da República tem de correr riscos. Não cuide de si, cuide do seu povo!

António Barreto -  DN, 24 de Janeiro de 2016

O lobo-ibérico num país incauto..

"Passos Coelho, o lobo-ibérico num país incauto

Passos Coelho é um exemplar da subespécie do lobo-cinzento, que já chegou ao poder na Hungria e na Polónia, ameaçando disseminar-se pela Europa.
É um pouco menor e mais esguio do que as outras subespécies do lobo-cinzento, talvez pelo reduzido habitat em que se move. Vive em alcateia e beneficia da forte organização hierárquica. O número de animais da alcateia varia entre os 3 a 10 indivíduos, o bastante para ordenar ataques a presas maiores. Foi assim que tomou o Congresso que o fez líder do PSD, os órgãos de comunicação e as redes sociais.
Bastaram Miguel Relvas, Marco António, Paulo Júlio e poucos mais para o conduzirem à liderança do PSD, primeiro, e do País, depois. Subjugaram bichos de maior porte, por métodos ainda mal-esclarecidos, depois de terem absorvido a voraz alcateia do CDS.
Recentemente, a alcateia alargada, após quatro anos de poder e robustas cumplicidades, estava convicta da sobrevivência. Não contou com o fojo de paredes convergentes, uma estrutura elaborada, desde tempos remotos, caída em desuso há mais de dois séculos.
O fojo é a armadilha para caçar lobos e a que usou António Costa, cuja estatura política, dimensão cultural e experiência administrativa era incomparavelmente superior, foi a de paredes convergentes, mais complexa do que a comum, usando, em vez de duas paredes tradicionais, quatro [PS+BE+PCP+PEV], até empurrar a alcateia para o fosso.
Agora, é do fosso que Passos Coelho uiva hossanas à social-democracia, depois de ter dito ao Expresso, em maio de 2011, que não passava de resquício histórico do PSD. Era então o lobo-ibérico famélico do ultraliberalismo que reuniria os cúmplices, de S. Bento a Belém e do Largo do Caldas à Rua de S. Caetano à Lapa.
Hoje, o líder da carnívora alcateia ultraliberal promete devolvê-la ao regime vegetariano da social-democracia. Há de uivar sozinho, porque podem ruir as frágeis paredes do fojo erguido por António Costa, mas já não será o PSD a querer tirá-lo do fosso.
O governo de Passos Coelho passou de agência de empregos a activo tóxico do PSD."

Por C. Barroco Esperança

Como é diferente a LIBERDADE em Portugal...

" A DISCIPLINA CONTRA A LIBERDADE
Dentro de dias, no Parlamento, teremos uma das mais importantes votações do ano: a do orçamento. Nesse dia, os cabos partidários vão estar atentos: é necessário, na maioria e na oposição, garantir a disciplina e evitar ovelhas ranhosas e trânsfugas. Pela sua composição, este Parlamento é uma mina de nervos: a contagem de votos pode ser sempre uma surpresa.

A disciplina partidária é um dos sinais de falta de maturidade política e de menor amor pela liberdade. Veja-se como funcionam alguns parlamentos de outros países, onde os deputados são livres e votam como entendem. Entre nós, os partidos não hesitam em consagrar expressamente a obediência. Mas não gostam que se saiba. Aliás, a minha tentativa de estudar os regulamentos em vigor foi inútil. Os partidos não os publicam, o que é sinal do que por aí vai, entre o despotismo e a má consciência!

E não se pense que o useiro da disciplina é só o suspeito habitual, o PCP. Este, com o centralismo democrático, criou um sistema onde nem sequer é necessário fingir. Os outros, CDS, PSD e PS, gostam de se declarar amantes da liberdade. Eis por que declaram formalmente a regra, mas acrescentam logo as excepções. E estas são de peso. Com pequenas variantes, estes partidos declaram que os deputados votam livremente, mas que têm de respeitar as instruções da direcção do Partido relativamente a alguns assuntos, como sejam os orçamentos, os programas de governo, as matérias referidas nos programas eleitorais, as moções de censura e de confiança, as questões de governabilidade e as orientações dos órgãos nacionais do partido. O PS diz que a regra é a liberdade, mas as excepções são praticamente tudo o que se faz naquela assembleia. O PSD diz que a regra é a disciplina e que os deputados que quiserem usar de liberdade de voto têm de pedir autorização à direcção!

Os deputados que pretendam intervir no hemiciclo têm de pedir autorização. A Assembleia da República só reconhece a cada um o direito a uma intervenção livre de dez minutos por ano! As restantes terão de ser decididas pela direcção. Em todos os grupos os deputados são obrigados a assumir um compromisso de conformidade com as decisões da direcção.

Como é sabido, já vários grupos parlamentares recorreram a processos e castigos. Uma só vez, o Tribunal Constitucional anulou as decisões de um partido (neste caso, do PSD) relativamente à disciplina dos seus deputados. O texto da Constituição é inequívoco. O artigo 155º diz que “Os deputados exercem o seu mandato livremente, sendo-lhes garantidas condições adequadas ao eficaz exercício das suas funções…”. O que está em vigor nos partidos choca com este princípio!

Os grupos parlamentares contrariam expressamente a Constituição e regem-se por normas claramente anti-constitucionais. Com uma nobre excepção, acima referida, ninguém, deputados, magistrados ou presidentes ousou solicitar ao Tribunal Constitucional o exame dessas normas que, apesar de internas, dizem respeito aos direitos fundamentais dos membros de órgãos de soberania. De interesse público, portanto. Como é diferente a liberdade em Portugal!"

 Artigo do Dr. António Barreto - sexta-feira 12/02/2016

Mau tempo no CARNAVAL...


Correr nos sapatos...


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Engraçadinho!!!

AFIRMAR OS VALORES DE ABRIL É PODERMOS ESCOLHER LIVREMENTE...
E se alguém vota num qualquer engraçadinho ou engraçadinha, nenhum dito DEMOCRATA tem nada a ver com isso.