quarta-feira, 21 de junho de 2017

O atavismo lisboacêntrico...

"1. É praticamente nula a possibilidade de a Agência Europeia do Medicamento, actualmente sediada em Londres, vir a ser transferida para Portugal, na sequência do Brexit.
Mas isso não retira gravidade à decisão governamental de escolher Lisboa como candidata à reinstalação da Agência. Primeiro, porque a capital já hospeda as duas agências europeias instaladas em Portugal, para além das delegações das instituições europeias, um fenómeno de concentração sem paralelo na União. Depois, porque Lisboa já acumula a quase totalidade das instituições, agências, serviços e empresas do Estado entre nós (mesmo aquelas que nada exige estarem na capital, desde o Tribunal Constitucional ao Instituto da Vinha e do Vinho, por exemplo), num grau de ultracentralismo que nem a supercentralista França iguala.
Ora, na falta de uma política activa de distribuição territorial das instituições e dos serviços centrais do Estado, é fatal o império da lógica centripta. O centro do poder fagocita todo o poder.

2. A justificaçãogovernamental não procede. Primeiro, porque se um dos argumentos é a existência de Infarmed em Lisboa, a solução seria deslocá-lo para onde viesse a ficar instalada a nova Agência; segundo, porque o argumento da eventual Escola Europeia é puramente virtual; terceiro, porque não se pode invocar o grau de centralismo já existente para justificar mais concentração!
Esta decisão testemunha, portanto, o atavismo lisboacêntrico que caracteriza a organização do poder público em Portugal, agravado pela ausência de autarquias regionais e de um grau decente de descentralização territorial.
Lisboa em primeiro lugar", portanto. Como sempre!"
Blog CAUSA NOSSA - Dr. Vital Moreira

Ao contrário de muitos que enfiaram a cassete pela goela abaixo nos tempos do PREC, o Dr. Vital Moreira, e mais algumas honradas excepções... deita cá para fora o que lhe vai na alma, coisa rara nos dias que correm.

domingo, 11 de junho de 2017

TRUMP está feito com os RUSSOS...

Podes conferir, ao minuto 02.50 lá está ele...

CARAÇAS!!!

CARAÇAS NÃO, CARACAS!

"O que se passa na Venezuela é, a todos os títulos, grave. Sob o domínio de uma ditadura demagógica e populista, um país rico encontra-se falido, dá sinais de caos e miséria, em permanente revolução e à beira de uma perigosa insurreição. O seu governo é imprevisível e goza de uma grande tolerância internacional, talvez por ser uma ditadura esquerdista e tropical, que destruiu, em pouco mais de quinze anos, um país moderno e em desenvolvimento, apesar de muito desigual. Os primeiros anos de ditadura serviram para uma radical distribuição de riqueza e uma diminuição da pobreza, facilitadas pelas receitas do petróleo, cujas reservas estão entre as mais vastas do mundo. A política americana em relação à Venezuela pecou várias vezes por interferência. A quebra de proventos do petróleo e a política dos governos de Chavez e Maduro são as causas essenciais da actual desordem.

O facto de a ditadura venezuelana ser de esquerda não deve embaraçar o governo português. O facto de os Portugueses da Venezuela não serem muçulmanos não deve inibir o governo. Esses mesmos factos não deveriam impedir a imprensa de estar mais atenta. A discrição, em todo este tema, obriga o governo e as autoridades, não os privados, nem os jornalistas. O que, neste caso, se fizer a mais, com ruído excessivo e exibicionismo, será criminoso. Tanto como se não se fizer nada nem o suficiente."

DN, 4 de Junho de 2017 - Dr. António Barreto


Obs: Por incrível que pareça, há neste canto Lusitano e em muitos outros lugarejos, GAJOS que batem palmas a este e a outros DITADORES, para eles o que conta é apenas da cor da camisola!!! São democratas de longa data, certamente fora de prazo de validade...
É bom não esquecer que na VENEZUELA vivem perto de 500.000 Portugueses, incluindo os Luso descendentes... a fonte... que para lá emigraram desde a década de 40... 

sábado, 10 de junho de 2017

Avivar a memória do POVO...

Obrigado YOUTUBE, assim  o POVO não precisa de tomar MEMOFANTE para se lembrar do passado, nem tão pouco de ouvir  os espirros dos GAJOS do costume...

domingo, 4 de junho de 2017

O RATING da REPÚBLICA

É bom não confundir GORDURA com INCHAÇÃO

Sem emenda - Quem deve teme...

"Nas vésperas da cimeira da NATO, em Bruxelas, o ministro português da defesa prestou declarações às televisões. Não terão sido esclarecimentos formais, em ocasião oficial, mas o tom é elucidativo. Confirmou o ministro, com um sorriso de boa fé, que era verdade que Portugal não cumpria os seus deveres para a segurança colectiva, nem sequer o compromisso mínimo estabelecido para a despesa com a defesa nacional que é de 2% do PIB. Mas disse também que era preciso considerar a nossa contribuição qualitativa! Esta última é um mistério. As ilhas atlânticas? O mar? As praias? Algo que seja só nosso e mais ninguém tenha? Ou um jeito português especial?

Dos 28 membros da NATO, apenas cinco cumprem: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Polónia, Estónia e Grécia. Todos os outros ficam abaixo dos 2%. Como Portugal, com 1,3%. Menção especial para a França, com 1,7%, a Alemanha 1,2%, a Itália 1,1% e a Espanha 0.9%!

Infelizmente, Donald Trump tem razão. Diz ele que os Estados Unidos não estão dispostos a pagar pelos outros, sem que estes cumpram os seus compromissos. E ameaça os europeus. Não se sabe bem de quê, mas deve querer dizer coisa má. O problema é que, neste caso, está certo. Cada país membro da NATO tem de pagar pela sua defesa. A maior parte não paga os 2%. Preferem gastar com coisas mais agradáveis e entregar-se à protecção do poderio americano. A ideia é simples: tudo quanto ameaça a Europa ameaça também os americanos. Como estes são mais fortes e mais ricos, eles que se ocupem disso. E nem sequer a União tem uma política própria de defesa, muito menos uma capacidade autónoma.

Pode ainda recordar-se que, há quase vinte anos, a maioria dos partidos parlamentares (se bem me lembro, a única reserva foi do PCP…) acabou com o Serviço Militar Obrigatório. Sem mais. Sem qualquer espécie de ideia sobre o que poderia ser uma contrapartida civil ou de solidariedade. Na verdade, foi a boa demagogia da facilidade e as velhas juventudes partidárias que forçaram a decisão! Mas a ideia estava dada: não se gasta com a defesa, há coisas mais importantes. E de qualquer maneira, a NATO e os americanos estão aí para nos proteger.

Há actividades assim, em que alguém paga, alimenta ou mantém outrem! Eis uma relação que tem tradicionalmente um nome bem feio… E que se aplica às relações entre americanos e europeus na área da defesa.

Portugal não é um caso raro, nem pior do que os outros. Há mais de vinte países da NATO que não respeitam os compromissos nem cumprem as suas obrigações. Dependem dos Estados Unidos. Até ao dia em que Donald Trump lhes dirá: “Não pagam pela vossa segurança? Então deixaremos nós de pagar. Ou não garantimos a vossa liberdade. Ou então exigimos contrapartidas políticas!”. Nesse dia, toda a Europa, com excepção da Grã-Bretanha e pouco mais, se elevará contra a prepotência imperialista americana.

Esta atitude não está isolada. Faz lembrar a de tantos que entendem que os credores devem obedecer aos devedores e que aqueles a quem devemos dinheiro têm de fazer o que queremos e aceitar as nossas condições. Há quem faça disso um programa político: viver à custa dos outros! A defesa é paga pela América. As dívidas serão pagas pelos credores. Os investimentos pelos europeus. Os estrangeiros que paguem a nossa protecção. Devem também pagar os juros e as dívidas, assim como aceitar a renegociação e o perdão da dívida. E devem subsidiar o desenvolvimento. Há mesmo quem queira obrigar os estrangeiros a pagar pela educação em Portugal, dado que depois se aproveitam dos emigrantes portugueses, cuja formação foi paga pelo país. É tão conveniente ter o nosso patriotismo pago por outros! E a independência subsidiada!

            Os povos e os Estados têm o direito de não pagar a defesa, nem as Forças Armadas. Como têm o direito de pedir emprestado a fim de financiar os seus investimentos. Não têm é o direito de exigir que outros os defendam, que outros paguem os seus militares e que outros arrisquem a vida em sua defesa. Nem têm legitimidade para exigir que lhes paguem ou perdoem as dívidas. Em poucas palavras: não têm o direito de viver às custas dos outros, ao mesmo tempo que reclamam a independência e o direito a ser tratado como igual. Até porque não são iguais. Nem independentes."


DN, 28 de Maio de 2017 - por Dr. ANTÓNIO BARRETO

sábado, 3 de junho de 2017

VENEZUELA - Gracias señor presidente!

Solidariedade com o POVO Venezuelano, ABAIXO OS DITADORES, qualquer que seja a cor ou ideologia…

           Gracias queremos darle señor presidente
           por tener en las calles a tanta gente
           Gracias queremos darle señor presidente
           porque a firmado nuestra sentencia de muerte
           Y a echo de un paraíso un infierno de violencia interna
           Y a cortado un grupo de alas que quería llegar al sol o al mar

           Suben impuestos para poder pagar a asesinos que matan con ley
           Que visten con casco y un fierro echo hueco
           Que cuando escupe hace un ruido horrendo
                   ... ...