sábado, 30 de julho de 2016

PANAMA PAPERS - Que silêncio carago!!!

"PANAMA PAPERS: SILÊNCIO ENSURDECEDOR.
Lembram-se dos Panama Papers? A maioria dos envolvidos são POLÍTICOS. Mas, apesar de estarem identificadas, neste escândalo, 246 entidades com ligações a Portugal - não foram ainda revelados os nomes dos políticos envolvidos. Estão a ser protegidos porquê? Divulgaram 70 nomes, a maioria empresários e advogados. Porque esperam para difundir os dos políticos?.
O escândalo foi censurado. Na TVI e no Expresso. O silêncio é ensurdecedor.!"
26-06-2016 - Sr. Dr. PAULO MORAIS


"PANAMA PAPERS: Que SILÊNCIO ENSURDECEDOR!!!
Lembram-se dos Panama Papers? A maioria dos envolvidos são POLÍTICOS. Mas, apesar de estarem identificadas, neste escândalo, centenas de entidades com ligações a Portugal - não foram ainda revelados os nomes dos políticos. Estão a ser protegidos porquê? Divulgaram já dezenas de nomes, na sua maioria advogados. Porque esperam para difundir os dos políticos?. O escândalo foi censurado. Na TVI e no Expresso. O silêncio é ensurdecedor.
(repetirei este post até que nos esclareçam)"
07-07-2016 - Sr. Dr. PAULO MORAIS


sexta-feira, 22 de julho de 2016

Às armas, às armas...

Não se deve dar passos maiores do que os seus pés e muito menos cantar de galo, quando não se tem voz nem poleiro...

"Às armas!
Aqui estamos, mais uma vez, a bramar “às armas!”. Como sempre. Como noutros séculos. Quando os Portugueses, alguns Portugueses, não encontram desculpas para as suas asneiras, recorrem ao patriotismo. Quando os governantes não sabem resolver os problemas que herdaram ou criaram, entoam hinos. Quando os dirigentes querem escapar, atribuem as responsabilidades ao inimigo externo. Mas sobretudo quando não têm meios nem razão, logo apontam o dedo a um perigo estrangeiro. Já foi a Espanha dos Filipes, já foi a Inglaterra dos Piratas e já foi a França do Terror e de Napoleão. Também já foram os americanos. E os comunistas, russos de preferência. Já foi o petróleo e os dólares. Agora, são os Europeus. Os de Bruxelas, em geral. Os da Alemanha, em particular. Os da direita, da banca e das finanças, mas estrangeiros. São eles os responsáveis pelas nossas dívidas, os causadores das nossas perdas, os obreiros da nossa crise e os culpados das nossas dificuldades!

Em vez de procurar valorizar o que temos, de aproveitar o que sabemos e de organizar a economia; em vez de investir, de diminuir o desperdício e de fazer obra útil; em vez de apenas gastar o que temos, de atrair investimento externo e de trabalhar e poupar; em vez de estudar, de nos governarmos com mais sabedoria e de fazer com que o Estado respeite os cidadãos, em vez disso, procuram as autoridades comover os sentimentos, confundir os espíritos e mobilizar contra alguém, o inimigo, o adversário, a ficção dos que querem mandar em nós, a invenção dos que não respeitam os Portugueses e a fantasia dos que não honram uma nação com oito séculos de história!

António Costa, o seu Governo e os partidos que o apoiam estão envolvidos num processo perigoso que vai acabar mal. Desencadearam uma guerra contra a União. Atiraram-se à Europa. Batem o pé, como gostam de dizer. Levantam a voz ou falam com voz grossa, como prometem em comícios vulgares. Não aceitam a chantagem europeia, declaram em tom marialva. Não estão cá para obedecer à Europa! Garantem que em Portugal são os Portugueses que mandam e não aceitam lições de ninguém!

O Governo recusa mostrar à Comissão um rascunho de orçamento que, aliás, ninguém lhe pediu! Insiste em gastar e distribuir. Não corta na despesa. Contraria a Espanha e o Reino Unido. Critica a Alemanha. Procura aliados na extrema-esquerda, coisa pouca. O Governo não tem meios, nem força interna, nem aliados externos que lhe permitam esta espécie de “baroud d’honneur”, o último combate de uma guerra perdida! De luta simbólica para dar o exemplo. De sacrifício que faça um mártir e nos transforme em heróis! Portugal não tem riqueza, nem recursos, nem capacidade para, sozinho, contrariar as regras da economia europeia e mundial, obter os créditos de que necessita, conseguir os investimentos de que carece. Não se deve cantar mais alto do que a sua garganta. Nem dar passos maiores do que os seus pés. Muito menos cantar de galo, quando não se tem voz nem poleiro. António Costa e o Governo estão a preparar-se para desencadear uma luta para a qual não têm meios, nem força. E nem sequer razão.

É claro que a União Europeia está em apuros e não sabe qual é o seu destino. Há anos que se espera pela crise em que vivemos hoje. A União Europeia está à beira de morrer na praia, como diz o lugar comum. Foi longe de mais e não foi suficientemente longe. Não é equitativa, distingue entre grandes e pequenos. Não é justa, só castiga os fracos. Não é igualitária, segue as directivas alemãs. Longe de mais para dar paz e democracia. De menos para a segurança e a disciplina. Mas nada justifica que o governo português invente uma guerra contra a União. Será sempre uma guerra contra si próprio."


DN, 17 de Julho de 2016 - Dr. António Barreto

O patriotismo sempre foi o refúgio dos demagogos...

"As dívidas da Pátria
Já hoje sofremos sanções e não é pouco! Os juros que pagamos são superiores aos dos outros países. Os investimentos, nacionais e estrangeiros, caíram a pique. Continua a exportação de capitais para países mais seguros e bancos mais honestos. Nos mercados, o dinheiro para Portugal é escasso ou muito caro. Os credores internacionais têm dúvidas. Todas estas realidades têm nomes mais técnicos e suaves, mas são verdadeiras sanções. Parece que não chegam! Ainda são precisas mais!

Como é evidente, devemos pagar sanções. E ser punidos. É bom que assim seja. A impunidade é um defeito grave. Quem não faz o que deve tem de assumir as consequências. Em última análise, quem sofre com as sanções são os contribuintes. Sabemos isso. Por isso as sanções podem ser injustas. Mas são instrumentos necessários a pôr os políticos em ordem e a obrigá-los a ter disciplina. Sobretudo é o modo de informar os eleitores que os seus políticos governaram mal, tomaram decisões erradas, gastaram o que não é deles e não fizeram contas porque queriam ser eleitos. As sanções são uma condição necessária à formação de um juízo racional dos eleitores. Sem sanções, não há políticos a despedir, não há governantes indisciplinados a castigar, não há mentirosos a punir, nem há demagogos a contrariar!

Distribuir o que não há, gastar a mais e não pagar dívidas merece castigo! Mentir nas contas, gerir mal e favorecer a corrupção deve ser punido! Decretadas pelas autoridades competentes, as sanções servem para tornar evidentes aos eleitores os erros e os defeitos dos seus políticos.

Por isso é confrangedor o actual debate sobre sanções, assim como a onda de patriotismo bacoco que o governo e os seus apoiantes fomentam. É ridículo declarar guerra à União Europeia e à Alemanha! É idiota invocar a pátria para aumentar a dívida! É infantil tentar camuflar os erros políticos sob as roupagens da dignidade nacional!
O patriotismo sempre foi o refúgio dos demagogos, dos ditadores e dos aldrabões.
Estamos a chegar lentamente ao país dos crédulos: nós temos sempre razão, eles, nunca! Os debates parlamentares resumem-se a isto. Os fiéis de um culto só acreditam no seu sacerdote. Os simpatizantes de um partido só confiam nele. O pensamento é o do rebanho. Inteligência, informação, razão e rigor são dispensados. Estas semanas de futebol só vieram agravar os espíritos. O que importa é ganhar, nem que seja com a mão, dizia alguém na televisão. A lógica é a mesma. Com argumentos nacionalistas, que as esquerdas envergonhadas designam por patrióticos, com emoções patetas e com sentimentos totalmente deslocados, pretende-se manter aliados e iludir eleitores. Sendo que os apoiantes comunistas e bloquistas querem mais do que isso. Querem mesmo dar cabo do Euro, do Tratado orçamental e desta União. Para o que esperam evidentemente pela cumplicidade pacóvia dos socialistas e pelos sentimentos patrióticos dos Portugueses vexados na sua dignidade nacional!
Verdade seja dita que os outros intervenientes não se portam melhor. O que faz com que seja difícil compreender o que realmente se passou e está em causa. Portugal infringiu ou não as regras? Quando? Por quanto? Quem foram os responsáveis? E os outros países da União? Esta trata todos da mesma maneira, como diz, ou com parcialidade, como parece? A União ainda não conseguiu demonstrar que, na questão dos défices, está a ser justa e equitativa. O PSD não provou que a sua gestão ficou abaixo do défice. O governo não conseguiu demonstrar que a sua actuação não agrava os défices. Chegámos ao ponto do inferno das emoções, próprio do patriotismo: o que fizemos é bem, porque fomos nós. O que eles fizeram é mau, porque foram eles. Ao que nós chegámos!"
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DN, 10 de Julho de 2016 - Dr. António Barreto

terça-feira, 19 de julho de 2016

E depois de ABRIL...

Apeamos a imagem do ditador SALAZAR, mas num piscar de olhos já havia resmas de GAJOS a pintar murais e a afixar cartazes com a imagem de um outro... ESTALINE... Quem diria!!!