quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Este descobriu a pólvora...

ou fugiu-lhe a boca para a verdade...
"mais apoio às nossas empresas, porque são elas que criam riqueza." E obviamente os seus trabalhadores, acrescento eu...

domingo, 27 de novembro de 2011

Uma campanha solidária...


Razões da crise...

O resto é conversa mole para boi dormir... desculpas de "lana-caprina" para continuarmos a correr nos sapatos...




Fado da Sugestão - Zeca Afonso



O Fado na voz de Cristina Branco...



Hoje canta-se o Fado...



O Fado já é Património Imaterial da Humanidade

A minha homenagem, na voz do Vasquinho...


Ressurgir Portugal...

Antigo painel de azulejos - Cantanhede
Mensagem actual...


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Aonde está a verdade???

Ora bem, num sistema que rapidamente manda a tribunal um sem abrigo por roubar uns chocolates e demora anos a julgar casos óbvios de clientela política… que se lastima dos preços do petróleo e, arrecada em impostos, o dobro do preço de custo da matéria prima, comportando-se ele mesmo como um verdadeiro Sheik… que lega às gerações vindouras uma reforma que será metade da dos pais e avós… etc, etc… num sistema deste, a verdade só pode ter emigrado!!!! 

domingo, 20 de novembro de 2011

A neblina portuguesa...

Gabriel Magalhães - professor de literatura na UBI e em Espanha 
Publicado no Jornal La Vanguardia de Barcelona - Fevereiro 2011

Em Portugal, a neblina faz parte da verdade. No nosso país, aquilo que é real é sempre um pouco nebuloso. Por alguma razão, Fernando Pessoa acreditava, em 1934, que D Sebastião, o Rei que desapareceu em 1578, iria regressar numa manhã de nevoeiro.
Pode parecer uma parvoíce, mas a história está cheia de regressos. De fantasmas que voltam. Vejamos o que aconteceu em Portugal e na Europa nas últimas quatro décadas, assumindo como perspectiva a neblina lusitana.
Portugal democratizou-se depois da revolução de 1974. Quando o país aderiu à actual União Europeia, em 1986 os portugueses convenceram-se de que o sistema democrático ia ser uma aristocracia para toda a gente. Soa bem, não é? Todos ricos, todos muito importantes. Por conseguinte, os organismos do estado começaram a crescer para criar um cenário de um país moderno e desenvolvido.
Pensar como no século XVII.
E aí entra a neblina portuguesa. Dos túmulos das suas velhas capelas senhoriais, ergueram-se os falecidos duques e marqueses lusitanos, que passaram a ocupar cargos no serviço público.
Invadiram também as maiores empresas. Alguns novos executivos e funcionários do Estado sentiam se altos aristocratas desse Portugal imperial e europeu. Vivia-se à grande trabalhava-se com moderação. O que aconteceu em Portugal repetiu-se em muitos outros países do Velho Continente, aonde foi vingando a ideia de que o projecto da Europa assentava num sistema aristocrático para toda a população. Foi assim que se deu o regresso inconsciente a uma mentalidade senhorial de outros tempos. Entramos no século XXI a pensar como se pensava no século XVII.
Gastar porque sim!
Parece estranho mas reflictam um pouco. O cidadão relaciona-se com o Estado acumulando benefícios, subsídios, privilégios – exactamente como fazia a velha nobreza, que enriquecia com as mercês dos reis absolutos. Por outro lado, cada pessoa faz, na sua vida pessoal, mais ou menos aquilo que lhe apetece, um pouco à maneira do que faziam os fidalgos de outrora.
A nossa relação também se parece muito com a dos aristocratas decadentes: gastamos porque sim, porque somos grandes. E, se for preciso endividarmo-nos, endividamo-nos e assinamos seja o que for. O delirante esbanjamento europeu dos últimos anos e as dívidas monumentais de alguns países só podem ser explicados pelo apogeu desta nova mentalidade senhorial. Uma sociedade com uma visão burguesa já teria feito contas há muito tempo. Nas ultimas décadas, quase todos nós europeus, nos divertimos numa festa que teve por palco um palácio de Versalhes fantasmagórico, que se encontrava perdido na neblina do passado e que apareceu no presente, exactamente como, um dia, há de voltar o rei D. Sebastião.
Professores como preceptores sem poder.
De repente, tudo faz sentido: aborrecida de delfins reais, que tantas vezes vemos nos rostos dos nossos filhos; o facto de, em muitos países, os professores se terem transformado em preceptores quase sem poder sobre os nobres rebentos dos cidadãos. E também é possível compreender melhor as grandes misérias europeias actuais. Porque quando surge uma casta que se julga superior, essa elite começa a duvidar do estatuto de seres humanos dos outros, sobretudo se através disso conseguir ter uma vida mais cómoda.
Há alguns séculos, os negros, os escravos e os servos da gleba não eram humanos. Na aristocrática Europa do presente foi decretada a desumanização do embrião e do feto.
Grandes mas sem ideias.
Uma casta que se considera insuperável costuma limitar-se a repetir os postulados da sua grandeza: bem-estar, desenvolvimento sustentável e pouco mais. É por isso que faltam ideias na Europa. E a produtividade baixa, a capacidade de reacção e inovação reduz-se, porque ficamos amarrados no leito da nossa grandeza.
Como é evidente, outras zonas do mundo foram-se dando conta desta situação e, enquanto vivíamos convencidos da nossa superioridade, surgiu uma oligarquia mundial constituída por subtis políticos chineses, emires escondidos nos seus desertos, potentados latino-americanos e alguns ocidentais perspicazes, que fazem negócios no mundo inteiro.
Encostaram-nos às cordas e emprestaram-nos dinheiro, exactamente como, em finais do século XVIII, a burguesia tinha encurralado a aristocracia, e lhe emprestava fundos, para acabar de vez com ela.
Não há neblinas só em Portugal. Também as há na Europa. Desse mundo brumoso ergueu-se o paradigma de Versalhes e, o paradigma mais antigo do castelo feudal, habitado por grupos de cidadãos por vezes egoístas.
Vãos, fúteis e decadentes.
Portanto, retrocedemos, e muito, nas ultimas décadas. Talvez isto tenha acontecido mais no sul da Europa, talvez mais em algumas classes sociais que noutras. Mas na generalidade somos vãos, fúteis e decadentes.
E a solução consiste em cada um tomar de assalto a Bastilha de si mesmo e transformar-se noutra coisa. Voltarmos a ser clara e humildemente pessoas – essa é a saída no longo prazo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ALÔ OTELO, ACORDA…

A um Golpe Militar num regime de cunho Fascista (Ditadura), chamamos de Golpe Revolucionário… já um golpe em pleno regime Democrático (mesmo que sejam todos uns totós…), chamamos de Sublevação, Golpe Fascista, etc… já dizia Fernando Pessoa que o Povo se orienta por interesses, mas é bom não exagerar….

Para lá do Marão...

Mandam os que lá estão…


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Quem não se sente não é filho de boa gente...

Nem o ti Zézico faria melhor… carago!!!!



Do tempo em que havia transmontanos…

O Senhor Zézico, natural de Macedo de Cavaleiros, para obter a tão desejada carta de condução foi fazer a sua terceira prova de código da estrada… para lhe facilitarem a vida, colocaram-lhe a seguinte questão;

- Sr. Zézico, numa estrada em plena noite vem uma viatura em sentido contrário com os máximos ligados, o senhor faz-lhe sinal de luzes e ele nada, volta fazer sinal de luzes e ele nada, o que faz???

- “Bô, botaba-lhe o máximo dos máximos que o rafodia logo ali…”

Aqui fica a receita para “botarmos” o país para a frente…

A piada política do ano... e com efeitos retroactivos...

"Três homens foram jantar fora. Entre todos tinham 7,52€. Enquanto consultavam a lista resolveram referendar o que deviam escolher. O voto democrático determinou lagosta e vinho. Como eram caloteiros conhecidos, o dono do restaurante pediu pagamento antecipado. Ao fazê-lo, suspendeu a democracia..."

Gostava de ser o autor, mas não sou...

domingo, 6 de novembro de 2011

Palavras sábias - Eça de Queiroz (002)

" Os políticos e a as fraldas são semelhantes, possuem o mesmo conteúdo "

“Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas, os homens praticam todas as acções - mesmo as boas.”

sábado, 5 de novembro de 2011

Palavras sábias... (001)

A pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos económicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo.

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (16 Dezembro de 1865 – 28 Dezembro de 1918)

Ou como diria Fernando Pessoa

A MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA…

Palavras sábias...

Os acontecimentos políticos humilham e desabonam mais a sabedoria humana que quaisquer outros eventos deste mundo...

Mariano José Pereira da Fonseca - (18 de Maio de 1773 - 16 de Setembro de 1848)

O direito ao delírio - Eduardo Galeano

terça-feira, 1 de novembro de 2011

"Poema" da Ética de Elisa Lucinda…

Meu coração está aos pulos!

Quantas vezes minha esperança será posta à prova?

Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.

Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?

Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?

É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.

Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: “Não roubarás”, “Devolva o lápis do coleguinha”, “Esse apontador não é seu, minha filha”. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.

Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.

Só de sacanagem! Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba” e vou dizer: “Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.”

Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!

Elisa Lucinda: poeta, escritora, jornalista e actriz brasileira….

O pior analfabeto é o analfabeto político…

"Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguer, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais."

Bertolt Brecht

Imaginação a facturar...

Made in Japan - dizem que as encomendas destes peixes voadores são de muitos milhões...