terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Isto só acontece em DEMOCRACIA...

Pois naqueles regimes que todos conhecemos, ditos de direita ou de esquerda para o caso tanto faz, no dia seguinte o humorista estaria enterrado e o canal fechado...


sábado, 11 de fevereiro de 2017

Uma revolução branqueada, como tantas outras...

Artigo de António Barreto sobre um dos muitos embustes da politiquice e que alguns gajos, muitos mais do que seria normal, tentam despejar pela cabeça abaixo do POVO, e este perante o milagre da multiplicação dos pães, é tentado a dar de barato a multiplicação futura dos impostos...  esquecendo uma máxima revolucionária que diz; "sem ovos não se fazem omeletes", frase mil vezes repetida pelos seus antepassados, mas o POVO vai na cantilena dum gajos que lhe acenam com uns livrinhos, e novamente esquece uma outra frase revolucionária; "um burro carregado de livros é um doutor"...

"O Grande Embuste
Dentro de dias, começa um curioso ano de comemoração: os cem anos da Revolução Russa. Será um desfilar de colóquios, filmes, livros e programas de televisão. Teremos de tudo e não faltará o elogio beato.
De Fevereiro (que, na Rússia de 1917, era em Março) a Outubro (já em Novembro), será quase um ano em que teremos a oportunidade de recordar e estudar aquele que foi o “maior embuste da história do Século XX”, na expressão de Mário Soares. Após aquele ano de “revolução”, houve outros cinco, ditos de “guerra civil”, revolução para todos os efeitos. Depois, mais vinte de depuração, deportação, limpeza étnica, colectivização e trabalhos forçados aos milhões. Sem esquecer milhares de julgamentos e execuções de políticos, generais, médicos, sindicalistas e escritores! Lenine morre em 1924 e Estaline em 1953. Até à derrota final, em 1989, entre lutas intestinas e saneamentos, sucedem-lhes vários como Kruthchev, Brejnev, Andropov, Chernenko e Gorbachev.
O centenário vai servir para muitas tentativas de branqueamento. Com certeza. Mas também para novos balanços, seja porque a distância ajuda, seja porque os Estados-maiores comunistas já não têm muito poder nem controlam o pensamento, seja porque, finalmente, de Moscovo a Praga, os arquivos se vão abrindo e revelando todos os dias factos novos, por vezes surpreendentes.
Que nos deixou o comunismo como legado de liberdade? Praticamente nada! Como luta de resistência dos comunistas, para bem dos seus direitos, muito! É mesmo do domínio do heroísmo. Mas, para bem da liberdade dos outros, de todos, praticamente nada. Pelo contrário: deixa um dos piores legados modernos de supressão das liberdades, de repressão exercida sobre os cidadãos, de negação radical do Estado democrático, de violação permanente dos direitos humanos e dos mais desumanos métodos de manutenção da ordem, com tortura, assassinato, deportação, rapto e prisão em números que se elevam a muitos milhões. Em todos os países em que um partido comunista dominou o poder, o resultado foi sempre o mesmo: nem liberdade nem Estado de direito.
Que nos deixou o comunismo como legado de independência e autonomia dos povos, outra das suas bandeiras? Por um lado, apoio aos movimentos subversivos e revolucionários do mundo inteiro, desde que em luta contra as metrópoles coloniais, contra as democracias e contra os países do mundo ocidental. Por outro lado, a mais feroz submissão dos Estados, países, nacionalidades, minorias e regiões vizinhas, com o resultado visível da constituição de um dos maiores impérios da história, feito e regulado à força, por intermédio dos métodos mais bárbaros, incluindo deportações massivas, fomes programadas, genocídio e pura opressão. A implosão da União, após a queda do comunismo, é o mais rigoroso certificado de existência do imperialismo soviético. E da sua bondade.
Que nos deixou o comunismo como legado social e económico, tecnológico e cientifico? Uma enorme ficção daquele que poderia ser, com os seus colossais recursos, um dos mais ricos países na Terra e que acabou por só ser poderoso militarmente, mas incapaz de progredir economicamente e de permitir a prosperidade dos seus cidadãos, impotente para o desenvolvimento tecnológico e cientifico, áreas em que esteve sempre atrás dos países ocidentais e com atrasos crescentes até ao desmoronamento final.
É um dos mais seguros sinais do atraso de Portugal: a persistência do Partido Comunista, das suas ideias e do seu programa. Os principais partidos comunistas do mundo democrático desapareceram por entre fumarolas! Parece que apenas dois Estados têm qualquer coisa de parecido com o comunismo soviético: Cuba e Coreia do Norte! Que bela companhia para os Comunistas portugueses!" - 5 de Fevereiro de 2017