domingo, 14 de abril de 2013

Quando não há dinheiro, não se paga...

Quando não há dinheiro, não se paga, diz Mário Soares… não percebo o mérito da frase, pois até aqui infelizmente muitos portugueses já chegaram, perderam os seus empregos e uns tiveram de entregar as casas ao Banco, outros emigraram, outros socorrem-se de família, outros andam por aí… porque independentemente de não poderem pagar, têm de comer, de dar de comer aos filhos, de dar um rumo à vida, mas a pergunta que devemos colocar à classe política é outra, e quando há dinheiro, o que se faz? Gasta-se???
Esta é a pergunta que os políticos deveriam ter feito em devido tempo, e não vir agora arrotar postas de pescada… correndo o risco do humor das vítimas não ser o melhor e sujeitarem-se a que alguém os mande fazer trapézio nos cornos dum qualquer oligarca do partido… não há desculpas para ninguém, os partidos que nos têm governado não nasceram ontem, dentro de pouco tempo terão a mesma idade da Ditadura…
Falar do Rei D. Carlos foi péssima ideia, pois está a justificar a ascensão do Fascismo, se a despesa pública no tempo do Rei D. Carlos, atingiu valores idênticos aos de hoje, foi pelas mesmíssimas razões que agora conhecemos; estradas, comboios, portos… já não me lembro das razões para o crescimento do défice público na Primeira Republica…E se na altura o Rei D. Carlos deu ordens para cortarem 20% da sua dotação orçamental, também não me lembro da Presidência da República ter efectuado proposta idêntica, possivelmente se o tivesse feito, já lhe teriam chamado de populismo barato, se calhar até seria…Já agora, a frase até poderia ter sentido, bastaria ter dito: Quando não há dinheiro, não se pagam impostos…

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