Desde os comunas envergonhados, auto-intitulados de social-democratas, até aos comunas mais profundos, no que toca a receber, todos eles veneram o Estado Patrão... pelo que amanhã marcarão presença
nas salas de voto, elegendo o cacique concelhio que mais tiver para oferecer ou
aqueles que no passado recente nos hipotecaram até à raiz dos cabelos… os
outros, como de costume, votam no mal menor ou ficam por casa a ver futebol…
Trinta e oito anos após Abril o
filme repete-se, só falta vê-los andar por aí de joelhos a agradecer os milagres que os
eleitos fizeram na autarquia, os empregos que arranjaram… sem nunca pensarem
na utilidade de muita obra feita versus investimentos alternativos mais
produtivos em prol do verdadeiro Estado Social, esquecendo os que pagam a factura, os que vão ter de assumir o passivo e os que emprestam o vil metal para que quase tudo seja exequível… Infelizmente
a festa poderá já não durar muito, e então serão muitos os que irão achar que o
Estado Patrão é o pior de todos os monopólios, sumidouro duma fatia demasiado
grande da produtividade Nacional, então será tarde para recordar este velho provérbio;
“mais vale burro que nos carregue, que cavalo que nos derrube”…
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