domingo, 4 de agosto de 2013

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

..bem condizente com as elites cinzentas paridas nas últimas décadas, aliás, em muito iguais às que tínhamos no regime que Abril derrubou!!!

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço de terra
Que é Portugal a entristecer
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fáctuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece a alma que tem, 
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro,
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!  (NEVOEIRO de Fernando Pessoa)
(de dar um pontapé no cú,
duns quantos barda merdas... )

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