segunda-feira, 6 de maio de 2013

O chicharro do Paulinho das Feiras…

Os partidos continuam a empurrar a crise com a barriga, sejam os do poder sejam os outros, cortar no que devem, cortam o caraças… é coisa que custa votos…
Todos deviam ter vergonha do pântano em que nos colocaram, e escusam de se armar em pastores da classe operária ou dos mangas de alpaca, os números da emigração que atinge jovens e velhos é sinonimo do que fizeram… eu sei que a responsabilidade é do Salazar, nesses tempos não havia dinheiro para cadernos e algumas gerações faziam contas na lousa, que depois apagavam com o punho da camisola, e desta forma lá se foram os conhecimentos de matemática que lhes poderia permitir analisar as contas públicas, inscritas num site pago pelo dinheiro privado (PORDATA), porque o Estado, as suas gentes, partidos e sindicatos nunca tiveram preocupação em exigir que as ditas contas fossem públicas, é aquela mentalidade fascista, de que não têm culpa, pois é uma questão cromossomática…
Não vejo discussão sobre a fórmula que determina a reforma (se houver “money”…) das gerações mais novas, mesmo representando uma enorme perda perante os seus progenitores, mas tocarem nos axiomas que calculam as deles (e que eles próprios determinaram…), é que é o caraças… dói muito, mas com a dor dos outros podem eles bem…
Muita desta gente diz-se vítima do fascismo, é de mijar a rir, se vitimas houve e foram muitas, foram os que emigraram, que com a terceira ou quarta classe mal feita, caíram em países em que a língua oficial não era a sua e tiveram de se integrar… vitimas foram também os que vieram das colónias, terra que lhes ensinaram ser Portugal, e que de lá vieram com uma mão à frente e outra atrás, ao som de exploradores, colonos…
A gente da minha terra, vivia com o que tinha e se queria mais, trabalhava por isso, por essa razão mais de 75% dos meus conterrâneos emigrou, jamais imaginaram ser possível botar figura com dinheiro alheio, e depois dizer; “não há, não se paga…”, na minha terra os caloteiros eram apontados e riscados do livro…
No Portugal de hoje, sobram rotundas e “auto-routes”, mas falta comida a muitos dos que vasculham os caixotes do lixo, falta habitação aos que se abrigam debaixo das arcadas, mas sobram casas vazias e degradadas, porque quase quatro décadas depois de Abril, o bom senso e a sabedoria popular foram sendo substituídos por teorias de quem leu uns livros, mas não de quem os escreveu…  
No Portugal de hoje, damos importância aos erros ortográficos, há falta duma vírgula, sem nos preocuparmos com o essencial, esquecendo o básico; não se pode enganar toda a gente e por todo o tempo, mas podem-se enganar alguns trouxas por algum tempo… as feiras vão deixar de ser um bom poiso para políticos… correm o risco de levar com um chicharro nos…

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