"Os resultados são bastante eloquentes: as colectividades territoriais são menos esbanjadoras, quando os cidadãos podem decidir por si
qual a utilização do seu próprio dinheiro. A sua parcimónia tem por efeito
aliviar a pressão fiscal. E a dívida também recua, graças aos referendos
financeiros, que permitem que sejam os próprios cidadãos e não os governos a
assumir a gestão dos fundos públicos.
Mas nem por isso a “solidariedade” passa para segundo plano.
Apesar de, globalmente, os cantões que praticam a democracia directa redistribuírem menos, isso não significa de modo algum que o nível de
redistribuição seja insuficiente para os pobres. A desigualdade social não é
mais forte nos cantões que praticam a democracia directa Pelo contrário, tudo
leva a crer que, nesses cantões, as transferências sociais são mais racionais.
Tudo isto leva a um aumento da produtividade económica,
graças a serviços públicos de melhor qualidade e a uma política financeira mais
sã do que nas democracias unicamente representativas."
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