É com revolta que verifico que desde 1998 mais de um milhão de portugueses emigraram, e não vejo nas televisões uma discussão pública sobre
esta matéria, não vejo o Mário Soares, a Ferreirinha Leite ou outras eminências
pardas do regime e de todas as cores políticas, virem a terreiro assumir os
erros da sua acção política, pois o destino destes nossos conterrâneos está
directamente associado ao facto de termos apostado num ESTADO GORDO, de que
resulta evidentemente um POVO POBRE, a quem não resta outra coisa que não seja fazer
as malas e zarpar.
Será bom não esquecer que este milhão não irá alimentar “jamais”
o Estado Social, ou seja, às variáveis que determinam ou contribuem para as
pensões dos portugueses e suporte da Segurança Social, talvez seja conveniente
acrescentar mais esta… refazer as contas e cortar com efeitos retroactivos,
pois que as pensões foram pensadas para serem suportadas duma forma geracional,
precisamente pela geração que hoje se vai embora ou que por cá fica
desempregada, embora uns quantos acreditem, que as suas pensões são fruto dos
seus descontos…
O problema da Segurança Social não é ela ficar sem dinheiro em 2030, ou daqui a poucos anos, o problema reside no facto de as soluções apontadas para o futuro, não terem sido aplicadas à 20 ou 30 anos… as receitas matemáticas
para o seu cálculo não têm cor politica, embora tenham corrido as sabor dos
ciclos eleitorais…
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