sábado, 25 de junho de 2016
A Geringonça...
Afinal aonde está a diferença para com as anteriores...
Óbvio, os cegos e os que rodam a manivela não notam...
Óbvio, os cegos e os que rodam a manivela não notam...
Cada crise tem o seu culpado...
É o que parece que se limitam a fazer os "trompeteiros" do REGIME, passar o tempo a "botar" as culpas para cima dos outros"... Que gente? Será que os posso chamar assim!
Os Culpados..
"Em quinze anos, desde 2000, o
crescimento económico português foi, para o período ou em média anual, zero!
Nunca tal se viu, na evolução económica recente. Diante da brutalidade destes
números, com a esquerda ou com a direita, as esperanças no desenvolvimento
económico e social esfumaram-se. O que se esperava que a modernização tivesse
trazido, o que se pensava que a integração europeia tivesse produzido, o que se
imaginava que a nova economia e os novos empresários tivessem criado, tudo isso
parece ter desaparecido! Aspira-se a um crescimento de 0,5 a 1 por cento, como se
fosse o El Dorado! Sonha-se com desemprego a 7% como se do paraíso se tratasse!
Com o actual endividamento e o respectivo serviço, décadas serão necessárias
para libertar recursos indispensáveis para o investimento. Até lá, vamos
procurando culpados.
É normal. Compreende-se. Cada
crise tem o seu culpado. Nunca é unânime, há sempre polémica, mas, em cada
momento, um culpado sobrepõe-se aos outros. Houve um tempo em que era o
fascismo. Pela pobreza, pelo analfabetismo, pela doença e pelo atraso, a culpa
era do fascismo, da “ditadura terrorista dos monopólios”, segundo a preciosa
definição do Dr. A. Cunhal. Também se dizia que os culpados eram cem famílias.
Quando a liberdade parecia
despontar, logo surgiram os que a queriam atacar e ficaram responsáveis por
todos os desmandos: eram os comunistas, a extrema-esquerda e os militares do
MFA. Com a União Soviética à frente. Foram eles os responsáveis pelos desastres
da economia, pelo desemprego e pela inflação.
Encerrado esse ciclo, o culpado
passou a ser o Estado. A burocracia. Os funcionários. As empresas públicas. E,
através do Estado, a Maçonaria. Era no Estado que floresciam a corrupção e a
promiscuidade. O sector público nada fazia, nada produzia, só gastava.
Esgotada a ladainha do sector
público, chegou a vez das elites. Elites económicas e políticas (nunca as
artísticas nem as intelectuais, pois claro…) incapazes de dirigir e enriquecer
o país. O povo trabalhava, os trabalhadores cumpriam, mas as elites gastavam ou
não se interessavam. E não estavam à altura dos desafios e das necessidades.
Não faltou muito para que se
encontrasse um novo grande culpado: o país inteiro, o povo, a população que
viveu acima dos meios, muito acima das suas possibilidades. Viver a crédito,
com dívidas, como se não houvesse filhos nem dia seguinte, foi a razão pela
qual o país se afundou. Todos os Portugueses, com excepção de alguns
iluminados, tiveram a sua quota-parte de culpa.
O contra-culpado não tardou: a direita!
A direita dos ricos e dos banqueiros. A direita dos patrões. A direita do
Partido Socialista, por um tempo. A direita do PSD e do CDS, claro. Com a
direita vieram, evidentemente, a União Europeia e os alemães, culpados
indesmentíveis da nossa pobreza!
Agora, de repente, temos um novo
culpado. Disse o ministro das finanças, Mário Centeno, que a economia não
cresce por causa do sistema bancário! Segundo os jornais, ele entende que os
trabalhadores portugueses são os que mais trabalham em toda a Europa , como
são igualmente, de longe, os que menos ganham. Eis que constitui, diz o
ministro, uma força a aproveitar para fomentar o investimento. Para dinamizar
esta economia, feita pelos que mais trabalham e menos ganham, é necessária uma
banca que funcione. É o que ele promete! Não tínhamos pensado nisso antes. Não
nos lembrávamos dos mais de 30 mil milhões de crédito mal parado, nem dos
trapaceiros que destruiriam o que sobrava de reputação da banca portuguesa."
23 Junho - Dr. António Barreto
A CGD e o problema do CRÉDITO MAL PARIDO
O problema da CGD é o crédito "mal parido", o de PORTUGAL são os "mal paridos" que o POVO insiste em eleger... penso eu de que!!!!
"A Caixa Geral de Depósitos NÃO
PRECISA de QUATRO MIL MILHÕES para se recapitalizar. As notícias sobre essa
necessidade são manobras de manipulação e intoxicação da opinião pública.
A Caixa Geral de Depósitos
necessita de uma auditoria para identificar os casos de crédito concedido sem
as respectivas garantias. E carece duma intervenção judicial para punir os
responsáveis por estes actos de gestão danosa.
O problema da CGD NÃO É O CRÉDITO
MALPARADO. É o CRÉDITO MAL PARIDO."
17/06 - Dr. Paulo Morais
"A Caixa Geral de Depósitos NÃO
PRECISA de CINCO MIL MILHÕES para se recapitalizar. Nem muito menos deveria
despedir. Estas notícias constantes sobre esta falsa necessidade são tentativas
de manipulação e intoxicação da opinião pública. São MENTIRAS. A Caixa Geral de
Depósitos necessita, ISSO SIM, de uma auditoria para identificar os casos de
crédito concedido sem as garantias adequadas. E carece duma intervenção
judicial que puna os responsáveis por estes actos concertados de gestão danosa
e corrupção; e recupere os activos em risco, confiscando bens de quem
beneficiou desses créditos; e de quem os concedeu.
A CAIXA TEM DE PASSAR A SERVIR O
POVO E LIBERTAR-SE DO POLVO (do Bloco central de interesses, que continua aí)."
22/06 - Novamente e, muito bem dito - Dr. Paulo Morais
O SINDICATO DOS CALOTEIROS...
O retrato do pais que temos, num excelente artigo do Dr. António Barreto, obviamente pondo em causa a cantilena dos papagaios desta III República, que também deveria ser escrita com dois RR, sendo o segundo de "roubar...", um velho comentário do General Humberto Delgado sobre os papagaios da I República...
As sanções Europeias
"Depois de ter a certeza de que as
instituições europeias não castigariam Portugal, os partidos parlamentares
decidiram aprovar um protesto contra as eventuais sanções. Não havia riscos e
ficavam todos bem, pensava-se. Assistiu-se então ao espectáculo lamentável de
um Parlamento que não se entende a propósito de um voto “patriótico” de
repúdio! Qual associação de estudantes, aquela assembleia, perante uma
hipotética ameaça europeia, nem um texto medíocre aprovou. Protestar daquela
maneira é adolescente e prova de menoridade. Mas nem sequer conseguir alinhar
três parágrafos sobre o assunto é simplesmente infantil! E sinal de que o clima
político está mau, a caminho de péssimo. Foram aprovados dois protestos… Os
socialistas votaram dos dois lados…
Deveria, evidentemente, haver
sanções. Não há outra maneira de estimular um país à disciplina orçamental e
financeira. A proverbial incapacidade dos Portugueses para conseguir disciplina
e rigor financeiro só pode ser tratada de duas maneiras. Uma, com ditadura, o que
já foi experimentado no passado com os maus resultados conhecidos. Outra, com
sanções impostas por quem tem legitimidade para o fazer, o que só parece
competir à União Europeia.
Portugal é incapaz de alcançar de
livre vontade os equilíbrios financeiros e orçamentais necessários a um bom
desenvolvimento económico. A adesão ao Euro, há quinze anos, justificava-se
pela necessidade de pôr ordem nas finanças portuguesas. A seriedade europeia,
prolongamento da severidade alemã, era um excelente argumento para justificar a
adopção do Euro. Infelizmente, os resultados foram os piores. A indisciplina
portuguesa aumentou. A complacência europeia foi total. O interesse dos países
exportadores e credores transformou-se em cumplicidade e co-autoria dos
desmandos. A demagogia, a corrupção e a trapaça bancária foram moeda corrente
durante duas décadas. Mais ou menos aquelas durante as quais Portugal deixou de
crescer. Até hoje.
É todavia ridículo e ilegítimo
impor sanções a Portugal e, ao mesmo tempo, desculpar a França e ser
complacente com a Itália e a Grécia. E já ter desculpado a Alemanha, quando ela
precisou. Além disso, a União Europeia e o BCE não souberam, durante quinze
anos, impor disciplina e ser mais severos no acompanhamento. Sem equidade e sem
eficácia, a União perde autoridade.
Este não é o momento para impor
sanções a Portugal nem a qualquer outro país. A União tem primeiro de se
reconstruir, depois podemos voltar a pensar nisso. Mas, se não houver sanções,
nem agora, nem mais tarde, em Portugal ou noutro membro não cumpridor, nunca
mais haverá disciplina. Nem cá, nem lá. E se assim for, adeus Europa, adeus
União!
Começa a desenhar-se uma “frente
comum”, uma “aliança implícita” entre países do Sul, Latinos, mediterrânicos e
socialistas: Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia. Esta convergência pode
dar mais peso a uma eventual posição portuguesa. Mas o problema é que com este
sindicato de caloteiros, jamais conseguiremos o mínimo de disciplina necessária
a um esforço de investimento e de crescimento. Com tantos economistas à solta
por essa Europa fora, não se conseguirão inventar mecanismos mais eficientes de
salvaguarda da disciplina orçamental e financeira e do rigor nas contas
públicas?
Para os Portugueses, o grande
problema é o endividamento e o défice público. Nestes capítulos, Portugal é
incorrigível. Aproveitam-se todas as oportunidades para aumentar a dívida e a
dependência. Os Portugueses não têm vergonha de dever dinheiro aos outros. São
tão perversos que até se sentem bem, isto é, com direito a ter dívidas! Não têm
emenda, parece que só a mal ou à força é que os Portugueses ganham juízo
financeiro!"
12 Junho 2016 - Dr. António Barreto
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