sábado, 30 de abril de 2016
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Sempre a mentira...
"A mentira mata!
O Governo não quer aprovar os
seus planos no Parlamento. Nem o Programa de Estabilidade (que antes se chamava
Estabilidade e Crescimento), nem o Programa Nacional de Reformas, uma versão
desenvolvida do documento vácuo que tínhamos conhecido há umas semanas. O
Governo entende, erradamente, que basta aprovar os seus planos, tão ou mais
importantes do que o orçamento anual, nas reuniões paralelas com o PCP e o
Bloco, após o que seguiriam para a União Europeia onde, com mais ou menos
dificuldade, tudo seria aprovado.
Como é evidente, tal visão das
coisas é pouco inteligente e nada democrática. As reuniões paralelas entre
aliados não substituem o parlamento. A aprovação dos programas a Assembleia,
mesmo que seja só com os votos dos aliados, dá força à posição do governo e do
país. Os cidadãos apreciam. A democracia funciona.
Ainda não se sabe se vai haver
voto formal ou não, nem quando. Mas é possível que tal aconteça. Pena é que
tenha de ser a oposição, sempre acusada de despeito, a insistir para que isso
se faça.
É verdade que, nestes
procedimentos, há um problema ainda não resolvido. Como fazer? Onde se deve
começar, em Lisboa ou em
Bruxelas? Se os Programas forem primeiro aprovados em
Bruxelas, por funcionários, que deve fazer o parlamento nacional? Calar e
consentir? Ou recusar e criar um problema de todo o tamanho? Imagine-se então
que os programas são aprovados em Lisboa, no Parlamento, e só depois seguem
para Bruxelas. Se a União aprovar, não há problema, a não ser o da menoridade
do Parlamento nacional, pois as suas decisões necessitam de referenda. Mas se a
União não aprovar ou só o faça parcialmente, em que situação fica o Parlamento?
Má, seguramente. Nas condições de um governo maioritário e não endividado, as
soluções seriam encontradas com muita negociação e alguma diplomacia. Assim,
sem maioria mas com dívidas, o fim desta história será sempre negativo.
A não ser evidentemente que se
recorra à mentira, nova especialidade da política portuguesa. A exemplo do que
se tem passado com vários casos actuais, o Governo poderia mentir ao
Parlamento, à União e ao BCE. Com um pouco de sorte, poderíamos escapar por
entre as gotas de água.
É caso para perguntar: que se
passa com os dirigentes políticos portugueses? Raramente, na história recente
de Portugal, se chegou a um ponto como este, de mentira e calúnia! Nem durante
a revolução de 1975! O que se disse e fez a propósito do BPN, do BPP, do BCP,
do BES, do BANIF e agora do BPI, ultrapassa o conhecido e o tolerável. Foram
acusados de mentirosos um Presidente da República, três Primeiros-ministros,
outros tantos ministros das Finanças, o Governador do Banco de Portugal e o
vice-presidente do Banco Central Europeu, além de Comissários europeus, de
banqueiros e bancários. Quanto a deputados, estamos conversados: parlamentares
de todos os grupos acusaram e foram acusados de mentirosos.
O problema não é só de boas
maneiras. É também de informação aos cidadãos e de punição dos mentirosos. Mas
temos a infeliz certeza de que a política castiga mal a mentira. Tem sido
possível mentir na praça pública e ficar impune. Pior: é possível mentir numa
comissão de inquérito e nada acontecer.
O perjúrio em Portugal é
tolerado. Ou mesmo louvado. Um conhecido advogado afirmou um dia em público que
o “dever de qualquer advogado era o de mentir para defender o seu cliente”.
Ninguém, na magistratura, na Ordem, no Parlamento ou na universidade, reagiu.
Na política, não se pensa muito diferente. O êxito político justifica tudo.
Desculpa a mentira e o perjúrio.
A impunidade é, entre nós, uma
regra de comportamento. Um modo de vida. Com os conhecidos desastres dos
bancos, ficam impunes os desmandos dos políticos e dos banqueiros.
Mas a mentira mata! Sobretudo as
vítimas. Os cidadãos."
Dr. António Barreto no 25 de ABRIL...
Riem de quê? Carago!!!
"Marcelo e Costa iniciaram o seu
primeiro 25 de Abril como Presidente e Primeiro-Ministro, homenageando o
NewsMuseum, a obra de Luís Paixão Martins (no centro), o responsável da
comunicação de... Isabel dos Santos...." No comments!!!
domingo, 10 de abril de 2016
PANAMÁ PAPERS:
Questões levantadas pelo Dr. PAULO MORAIS
"1. Se a família Espírito Santo
tem capital em TREZENTAS sociedades off-shore feitas pela Mossack Fonseca, no
Panamá, porque não utilizou esse capital para evitar a falência do BES?
2. Qual a exposição de créditos
do Novobanco ao capital destas sociedades?
3. Porque não são (nem serão!)
estas sociedades e o capital confiscados pelo Estado Português?"
OFFSHORES? OF COURSE!
"Os políticos, através de esquemas
perversos de corrupção, recebem "luvas" pelos trabalhos públicos que
adjudicam, pelas privatizações que promovem, pelas concessões que atribuem,
pelas licenças que concedem. E escondem-no. Em offshores, of course." Dr. PAULO MORAIS
sábado, 2 de abril de 2016
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